O Animal de Bruna Quintas: “Adoptar um cão mais velho foi um factor decisivo”

Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. A actriz Bruna Quintas adoptou dois cães e dois gatos. Jack, com cerca de seis anos, é o membro mais recente da família.

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Bruna Quintas com o cão Jack e a cadela Fiona (da esquerda para a direita) DR
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"Conhecemos o Jack através das redes sociais, há quase um ano. Vimos que já estava para adopção há cinco anos e quisemos dar-lhe um espaço confortável e com amor. Não consigo imaginar um animal durante cinco anos numa associação que, apesar de lhe dar o que precisa, fica a faltar o calor de uma casa e de uma família.

Todas as vezes que adoptei um animal foi muito pouco pensado. Cruzamo-nos na vida um do outro e passou a fazer sentido ficar com ele. Mas, no caso do Jack, ser um cão mais velho foi um factor importante e decisivo, porque sabemos que a idade torna mais difícil que estes cães tenham uma família definitiva.

Não sabemos a idade dele ao certo, mas segundo o veterinário tem provavelmente seis anos. Prefiro dar oportunidade a um cão “mais velhinho”, acolhê-lo e dar-lhe o conforto mais digno até ao fim da sua vida.

O Jack é muito meiguinho, adora receber mimos e comer, mas já só gosta de estar deitado e dar passeios curtos. Tenho pena de não nos termos cruzado com ele mais cedo. Viver fechado e sem companhia tanto tempo teve obviamente consequências na sua saúde física e mental.

Além dele, tenho mais três animais. A minha cadela Fiona, que foi a primeira que adoptei e que digo que é a minha filha mais velha, e os nossos dois gatos, Vicente e Gaspar. A ideia era adoptar apenas um gato, mas estavam os dois na associação que visitamos, são irmãos e não os quisemos separar.

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A actriz também tem dois gatos Bruna Quintas

E, na verdade, tem sido uma grande aventura. Têm muita energia, são carinhosos, adoram receber atenção e são verdadeiros companheiros. Também adoram a minha filha Matilda que os chama de irmãos. É muito bonito de se ver. O Vicente é o chefe da casa e um companheiro inseparável do Gaspar. A nossa família não seria a mesma sem eles.

Em relação ao papel sobre os direitos dos animais, gostaria de ter um que passe pela forma como me relaciono com eles e na forma como educo a Matilda. Sempre consciente, com respeito e tendo empatia e amor. Acho muito importante as crianças terem contacto com animais, perceberem que existem outros seres na Terra que, além de nos fazerem companhia, têm sentimentos, emoções e devem ser tão respeitados como os seres humanos. O Jack só veio reforçar este sentimento. Nada acontece por acaso.

Se quiserem adoptar, façam-no de forma consciente e cuidadosa, avaliem todas as possibilidades, percebam se reúnem todas as condições para receber o vosso animal. Se têm disponibilidade emocional para o acolher, se lhes podem dar o vosso tempo, se têm energia para eles e se os podem fazer sentir amados e respeitados. Ter animais implica muita responsabilidade e amor."

Depoimento construído a partir de entrevista por email

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