Os últimos santeiros do Vale do Coronado: daqui houve imagem do milagre de Fátima

Não foi com Fátima que surgiu a arte sacra em São Mamede do Coronado, mas foi com a produção de “fátimas” que chegou a ser um dos principais centros da imaginária portuguesa. Restam dois santeiros.

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São Mamede do Coronado chegou a ser um dos principais centros da imaginária portuguesa - hoje, restam dois santeiros ADRIANO MIRANDA / PÚBLICO
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Ninguém diria que atrás de um conjunto de prédios de tijoleira, relativamente recente, se esconde um dos últimos “santeiros” de São Mamede do Coronado (Trofa). Jorge Brás trabalha numa das garagens que se alinham por detrás dos edifícios, transformada em pequena oficina onde sobressai a sua banca de madeira (que afinal são duas, a segunda mais pequena, móvel) e onde a música é constante. E, curiosamente, assinala, foi aqui que tudo começou — há 45 anos, quando em vez dos prédios existia um campo de futebol. Ele estava a assistir a um jogo quando o seu “tio-avô Vinhas” veio desafiá-lo para aprender a arte, na sua oficina, uma das grandes de São Mamede do Coronado. “Já trabalhava desde os 11 anos, como decorador de casas no Alto da Maia, ia de comboio sozinho”, recorda. Na altura tinha 14 anos — a escolha não foi difícil.

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