Ana Bacalhau acende um Fósforo para iluminar o novo álbum que promete lançar este ano

Do terceiro álbum de Ana Bacalhau, anunciado para este ano, já eram conhecidas duas canções, em single e videoclipe: Orelhas moucas, revelada em Junho de 2022, e Não vás embora, rapaz!, que foi publicada em Maio de 2023. Agora é lançada uma terceira, Fósforo, com letra e música de Jorge Cruz e produção de João Só, onde se compara o amor ao arder de um fósforo. “O fósforo é o início da faísca”, explica a cantora no texto que acompanha o lançamento. “Está tudo lá, pronto a arder, mas para o fogo começar, é preciso perder a cabeça. O combustível a postos para aquecer os corações só se inflama se a cabeça se lançar contra a lixa. E assim seguimos, sabendo-nos lixados à partida. Do laranja ao vermelho, do vermelho ao preto cinza. Tudo o que vive, morre, já sabemos, mas que viva intensamente, enquanto se consome.” O videoclipe é assinado por Rita Seixas.

Na canção, há uma referência a Jeff Buckley e à sua interpretação de Hallelujah de Leonard Cohen. Assim: “Brilhou ofuscante, arrebatador/ Num instante/ O nosso amor/ Ardeu como um fósforo// Encheu como maremoto/ Galgou tipo fogo por pinhal cerrado/ Bateu como o Hallelujah/ Pelo Jeff Buckley em 94.” Uma razão acrescida, acrescenta Ana Bacalhau, para fazê-la sua: “Qualquer música que faça referência ao Jeff Buckley enquanto fala de amor e o compara a um fósforo merece a minha total atenção. Quando Jorge Cruz ma mostrou, soube que eu e ela éramos um “match” perfeito. Não só pelas referências deliciosas na letra, mas porque a imagem de um amor curto, mas intenso na ponta de um fósforo que arde forte e veloz me emocionou.”

A solo, à margem dos Deolinda, Ana Bacalhau estreou-se em 2017 com um álbum chamado Nome Próprio, a que se seguiu, em finais de 2022, um segundo álbum intitulado Além da Curta Imaginação. O terceiro álbum está previsto para este ano, ainda sem data marcada.