Operação Pretoriano: MP pede prisão preventiva para Madureira e “Polaco”

Sandra Madureira e cinco dos sete arguidos detidos na Bela Vista foram libertados. Medidas de coacção só serão conhecidas durante a tarde de quarta-feira.

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Ministério Público pediu prisão preventiva para Fernando Madureira (na foto) e Hugo Carneiro Paulo Pimenta
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O Ministério Público (MP) pediu esta terça-feira a prisão preventiva para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e Hugo "Polaco", elemento da claque, no âmbito da Operação Pretoriano, e prisão domiciliária com vigilância electrónica para Vítor Catão.

Fonte judicial adiantou à agência Lusa que, na promoção das medidas de coacção a aplicar aos arguidos pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, a procuradora do MP defendeu que Madureira e Hugo Carneiro ("Polaco") ficassem sujeitos à medida de coacção mais gravosa: prisão preventiva.

Para Vítor Catão, que optou por não prestar declarações perante o juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira, o MP defendeu a aplicação de prisão domiciliária, com vigilância electrónica.

Para os restantes nove arguidos, a procuradora do MP pediu a proibição de contacto, a proibição de acesso a recintos desportivos e apresentações periódicas às autoridades.

Após as promoções do MP, os advogados dos 12 arguidos apresentaram os respectivos argumentos, mas as medidas de coacção só serão conhecidas na tarde de quarta-feira, pelas 16 horas.

Entretanto, ao final da tarde, a mulher de Fernando Madureira, Sandra, e cinco dos sete detidos na esquadra da Bela Vista (Hugo Loureiro, Fernando Saul, Vítor 'Aleixo', Vítor Bruno Oliveira e José Pereira) foram libertados.

As diligências iniciaram-se com atraso significativo, face à hora prevista (10h), com o juiz de instrução Pedro Miguel Vieira a chegar ao TIC às 11 horas.

Na passada quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados na Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto de 13 de Novembro.

De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espectáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coacção e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objectos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação".

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