Só para 8% das mais de seis mil crianças em acolhimento a adopção é projecto de vida

Decisão de que os pais de crianças em perigo não são solução para o seu futuro pode demorar anos. Sistema de protecção tarda a definir projecto de vida. Como nos casos de Margarida, André e Toninho.

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Estado demora anos a concluir que pais que colocam os filhos em perigo não são alternativa ao seu futuro Manuel Roberto
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Margarida e André foram acolhidos em 2019 numa residência para crianças em perigo, onde o pai os visitou até há precisamente um ano, quando a justiça decretou a adopção efectiva e foram cortados os laços com o único adulto da família biológica com quem mantinham ligação. O sistema de protecção demorou quatro anos a concluir que o pai não era uma alternativa para o futuro de nenhum dos filhos e a aplicar uma medida de confiança à instituição com vista à adopção. Esse projecto de vida só foi definido para 8% das crianças acolhidas em residências ou famílias de acolhimento, em 2021 e 2022, de acordo com os dados mais recentes disponíveis.

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