Operação Pretoriano: diligências retomadas com interrogatórios a Saul e Madureira

Líder da claque Super Dragões irá prestar nesta segunda-feira as primeiras declarações desde que foi detido.

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As diligências da Operação Pretoriano recomeçaram nesta segunda-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, com o segundo interrogatório a Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e um dos nove que continuam detidos.

Depois de ter pernoitado pelo quinto dia seguido na esquadra portuense da Bela Vista, o funcionário do clube foi transportado numa carrinha celular da PSP em direcção ao TIC, onde chegou perto das 9h30, e vai ser novamente ouvido pelo juiz de instrução criminal.

Fernando Saul irá falar antes de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, que compareceu com idêntico aparato no local por volta das 10h, oriundo de Santo Tirso, para prestar declarações pela primeira vez desde que foi detido.

Inicialmente, Madureira não tinha a intenção de ser ouvido pelo juiz de instrução criminal, mas mudou de estratégia e mostra-se agora disponível para falar, numa audição que até estava inicialmente prevista para a tarde de sexta-feira.

Fernando Saul concedeu o seu primeiro depoimento ao juiz Pedro Miguel Vieira nessa mesma sexta-feira e voltaria ao tribunal na tarde de sábado, quando foram apensas aos autos do processo as transcrições dos telemóveis de alguns dos detidos da Operação Pretoriano.

O juiz chamou os advogados de todos os 12 arguidos ao TIC do Porto ao final da manhã, após ter analisado o relatório da informação presente em quatro telemóveis apreendidos nas buscas, remetendo os elementos de prova para o procurador do Ministério Público.

As diligências de sábado terminaram com as saídas em liberdade de Tiago Aguiar, outro dos funcionários do FC Porto envolvidos no processo, António Moreira de Sá e Carlos Nunes, mais conhecido por "Jamaica", levando o número de detidos a baixar para nove.

Os trabalhos foram retomados às 10h desta segunda-feira e o Ministério Público irá promover as medidas de coacção no final dos interrogatórios, antes de os advogados apresentarem as respectivas posições e o juiz Pedro Miguel Vieira aplicar essas medidas aos 12 arguidos.

Em silêncio ficam Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-presidente da claque Super Dragões, e Vítor Catão, adepto do FC Porto e ex-presidente do São Pedro da Cova, que não quer prestar declarações no TIC, ao contrário do que estava planeado.

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