Ty Segall, mestre moderno do rock’n’roll, pinta música com ruído

O caleidoscópico Three Bells é Ty Segall a harmonizar e a colidir sons límpidos e ruído abrasivo, o acústico e o eléctrico, garage, prog, folk, jazz cósmico, rock’n’roll. Um clássico moderno.

Foto
Ty Segall conquistou fãs pelo seu fervor rock’n’roll, quase religioso Paulo Pimenta
Ouça este artigo
00:00
10:01

“Com toda a honestidade, não me recordo do último álbum mainstream de uma banda rock que fosse bom”. Estamos quase no final da entrevista e Ty Segall, que acaba de editar Three Bells, álbum de inspirada subversão dos cânones clássicos do rock’n’roll, ou seja, recheado de deliciosos e mui entusiasmantes pauzinhos na engrenagem, em forma de delírios surrealistas, canções construídas em blocos, qual montagem narrativa feita sequência musical, riffs neuróticos, microssolos como silvos dementes, sons bizarros a irromperem entre pastorais acústicas, está a explicar que a existência, de certo modo marginal, do rock’n’roll nos dias de hoje não é algo a lamentar. Longe disso.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários