Um Acaso que nos traz Dela Marmy a solo e em português, agora a cantar Espanta-me

Aos poucos, a cantora Dela Marmy (Joana Duarte, ex-Happy Mess) tem vindo a divulgar canções do álbum a solo anunciado para o próximo dia 2 de Fevereiro. O primeiro foi o tema-título, Acaso, em Setembro de 2023 (com participação das Sopa de Pedra), seguido de E se o céu se apagar, em Novembro, e Desejo, em Dezembro. Agora, a poucos dias da publicação do álbum, estreia um quarto tema, Espanta-me, com um videoclipe realizado e produzido por Boaventura (Art Studio).

Depois de vários singles e um EP, todos eles cantados em inglês e publicados entre 2019 e 2021, a cantora optou por fazer um álbum integralmente cantado em português, com composições assinadas por ela e produção de João Correia. Um Acaso que não surgiu por acaso, e onde, com Dela Marmy (voz, sintetizadores, teclados, piano e coros) e João Correia (arranjos, guitarras acústica e eléctrica, baixo, teclados, bateria, percussão e coros), estiveram António Vasconcelos Dias (teclados, piano e sintetizadores) e quatro vozes das Sopa de Pedra, numa participação especial no tema-título: Inês Campos, Maria Vasquez, Mariana Gil e Rita Campos Costa.

No texto que acompanha o lançamento deste quarto single, Dela Marmy explica como chegou a este disco: “Apercebi-me, assim que esbocei a primeira canção em português, E se o céu se apagar, que me deparava perante um momento inequívoco de viragem artística, pois estava a ser ocupada, completamente tomada, por uma avalanche de sentimentos, pensamentos e referências – até ali mantidos em silêncio – que gritavam para ser escritos e entendidos. Eu, sempre consciente, só desejava mergulhar profundamente no novo lugar que acabava de emergir e agarrar com todas as forças esse acaso, essa rota desconhecida, sem qualquer receio do que estaria do lado de lá, no seu futuro. Só me importava atravessar.” E essa travessia, pelo que descreve, acabou por levá-la a bom porto: “Fecho os olhos e estas canções são hoje inteiramente uma parte do que sou, ou tudo o que fui no momento em que as criei, nas suas diferentes nuances, estou completamente implicada, não há separação entre a canção e quem a cria. São força, são dor, são leveza, são pesar, são amor, são esperança, são ambiguidade e são também clarividência.” É o Acaso que nos espera.