Dez anos depois, França volta a ser campeã da Europa de andebol

Os “bleus” bateram a Dinamarca na final do Europeu de andebol por 33-31, num jogo que teve prolongamento.

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A França conquistou o seu quarto título europeu Reuters/WOLFGANG RATTAY
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Uma década depois, a França voltou a ser campeã da Europa de andebol, depois de bater neste domingo a Dinamarca por 33-31, em Colónia. Numa final de equilíbrio quase total e que precisou de um prolongamento de dez minutos para ficar decidida, a França conseguiu ganhar superioridade nos últimos cinco minutos de jogo e segurou o seu quarto título continental.

Foi uma maratona de andebol perante mais de 20 mil pessoas em Colónia, em que a Dinamarca, tricampeã mundial, pareceu sempre estar mais perto do triunfo, assente na muralha que lhe estava a tapar a baliza, Emil Nielsen (15 defesas, e eleito o mais valioso da final), e o acerto de Mathias Gidsel e Mikkel Hansen. E a França sofria com a ausência de algumas das suas principais "estrelas", Nikola Karabatic e Dika Mem, mas foi sempre mantendo o marcador equilibrado, graças a Ludovic Fabregas e Nedim Remili.

A verdade é que houve empate ao intervalo (14-14), no final do jogo (27-27) e no final da primeira parte do prolongamento (29-29). Depois, Dika Mem, que tinha estado a zeros durante 65 minutos, marcou dois golos seguidos e os "bleus" conseguiram destacar-se na final, enquanto os dinamarqueses só conseguiram dois remates certeiros nos últimos cinco minutos de jogo.

Mikkel Hansen acabou como o melhor marcador desta final, com nove golos, ultrapassando Nikola Karabatic na lista dos melhores marcadores de sempre em Europeus - passou a ter 296, mais um que o francês, que fez a sua despedida do torneio continental sem ter marcado qualquer golo, mas que ainda estará nos Jogos Olímpicos. O pivot Ludovic Fabregas foi o melhor concretizador da França, com oito golos.

Antes, no jogo da medalha de bronze, a Suécia, que tinha entrado neste torneio como campeã europeia, superiorizou-se à Alemanha por 34-31 (18-12 ao intervalo) e garantiu a presença no torneio olímpico de andebol. Como os dois finalistas já estavam apurados, a vaga ficou para os suecos.

A selecção portuguesa terminou este Europeu em 7.º lugar, a sua segunda melhor classificação de sempre, depois do 6.º lugar no Euro 2020. A formação orientada por Paulo Jorge Pereira falhou o objectivo de fazer igual ou melhor do que há quatro anos, mas cumpriu o objectivo de chegar ao torneio pré-olímpico, conseguindo bater duas das melhores selecções do mundo, como a Noruega e a Eslovénia.

Martim, o melhor marcador

Depois de disputados os dois últimos jogos deste Europeu, ficou fechada a lista dos melhores marcadores e o português Martim Costa conseguiu segurar o lugar no topo da lista, ele que foi eleito para o melhor “sete” do torneio como lateral-esquerdo. O andebolista do Sporting fechou a competição com 54 golos em sete jogos, em igualdade com o dinamarquês Mathias Gidsel, que marcou oito na final, sendo que o português fez menos dois jogos que o nórdico.

Com o final do Europeu e do campeonato africano, em que o Egipto venceu na final a Argélia e garantiu um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, ficaram fechados os grupos do torneio de qualificação para os Jogos que se realiza entre 14 e 17 de Março. Portugal está no Grupo 3, com Noruega, Hungria e Tunísia - os tunisinos já foram adversários de Portugal no pré-olímpico para Tóquio 2020, num grupo onde também estavam Croácia e França.

O Grupo 1 é composto por Espanha, Eslovénia, Bahrein e Brasil, enquanto o Grupo 2 tem Alemanha, Croácia, Argélia e Áustria. Os dois primeiros de cada grupo vão ao torneio olímpico de andebol.

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