ICOT: o que poderia ter sido, mas não foi
É difícil compreender como é que um inquérito que surge para dar resposta à ausência de informação sobre diversidade e desigualdades étnico-raciais em Portugal acaba por não aprofundar estas questões.
Corria o ano de 2021 quando tomei conhecimento, na qualidade de antigo membro do Grupo de Trabalho Censos 2021 – Questões Étnico-Raciais (GT), de que o INE pretendia realizar o Inquérito às Condições de Vida, Origens e Trajetórias da População Residente em Portugal (ICOT). Os resultados vieram agora a público. São importantes e contradizem a narrativa lusotropicalista prevalecente, mostrando como a desigualdade e a discriminação não são coisas pontuais. Haverá tempo para aceder e analisar com pormenor esses dados, mas interessa, desde já, registar alguns aspetos importantes a montante.
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