Sondagem: Subida do PS e queda do PSD dá nove pontos de vantagem aos socialistas

O estudo de opinião da Aximage de Dezembro mostra ainda que o conjunto dos partidos de esquerda está ligeiramente atrás do bloco de força de direita.

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Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS no dia 16 de Dezembro de 2023 Daniel Rocha
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A sondagem de Dezembro da Aximage para o JN, DN e TSF inverte a tendência de aproximação do PSD face ao PS observada nos últimos meses. Os socialistas crescem acima de um ponto percentual face a Novembro para se fixarem nos 34,1% das intenções de voto, garantindo mais de nove pontos percentuais de vantagem para os sociais-democratas, que recuam praticamente dois pontos para 24,8%.

Este estudo de opinião, realizado entre os dias 18 e 23 de Dezembro, mede as intenções de voto de PSD e CDS em separado porque a coligação pré-eleitoral que recupera o nome de Aliança Democrática (AD) foi anunciada somente ao final da tarde do dia 21. Ou seja, não avalia o efeito eleitoral de sociais-democratas e centristas irem juntos às legislativas antecipadas de 10 de Março.

Ainda assim, ressalvando que a soma de intenções de voto de PSD e CDS em separado não é directamente proporcional à medição das intenções quanto os inquiridos são colocados perante a coligação AD, mesmo somando os 1,2% registados pelos centristas nesta sondagem, a aliança pré-eleitoral não iria além dos 26%.

Por outro lado, a sondagem foi já levada a cabo depois de Pedro Nuno Santos ter vencido as directas socialistas de 15 e 16 de Dezembro.

Em terceiro lugar surge praticamente inalterado o Chega (16,3%), ao passo que apesar de Bloco de Esquerda (6,3%) e Iniciativa Liberal (4,1%) caírem acima de meio ponto percentual mantêm, respectivamente, a quarta e quinta posições.

Já o PAN cresce perto de um ponto para 3,7%, variação que lhe permite ultrapassar a CDU (aliança pré-eleitoral entre PCP e PEV), que, por sua vez, desliza meio ponto para 2,7%. Seguem-se, com ligeiras variações negativas, o Livre (1,8%) e o CDS (1,2%).

Dada a improbabilidade de nova maioria absoluta, esta sondagem sinaliza um empate técnico entre o conjunto dos partidos de esquerda (44,9%) e a soma das forças partidárias de direita (46,4%), isto excluindo o PAN, cuja líder, Inês Sousa Real, já assumiu que o partido tanto pode estabelecer acordos à esquerda, com o PS, como à direita, com o PSD. Ou seja, neste cenário o PAN poderia ser decisivo tanto para confirmar a prevalência da direita como para assegurar uma maioria de esquerda.

O estudo de opinião da Aximage, que faz uma distribuição proporcional dos indecisos, consistiu na realização de 805 entrevistas efectivas, tendo uma margem de erro de mais, ou menos, 3,5%.

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