Toyota recolhe 1,12 milhões de veículos devido a potencial problema com airbags

A recolha abrange automóveis produzidos entre 2020 e 2022, incluindo modelos como o Corolla e o RAV4. Na Lexus, há recall de modelos como o ES 300h. Em Portugal, não há veículos afectados.

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Stand da Toyota no Salão Internacional do Automóvel de Nova Iorque de 2023 Reuters/DAVID DEE DELGADO

A Toyota Motor informou, nesta quarta-feira, que fará o recall de 1,12 milhões de veículos em todo o mundo porque um curto-circuito num sensor pode fazer com que os airbags não sejam accionados conforme projectado. No entanto, o director de Marketing, Comunicação e Produto da Toyota Caetano Portugal​, Ricardo Amaral, disse à Fugas que esta recolha não irá afectar nenhum veículo comercializado em território nacional. A Toyota e a Lexus são marcas importadas para Portugal e distribuídas no país pelo Grupo Salvador Caetano.

O recall, de acordo com o comunicado da empresa, citado pela Reuters, abrange veículos do ano 2020 a 2022, incluindo os modelos Avalon, Camry, Corolla, RAV4, Lexus ES 250, ES 300h, ES 350, RX 350 Highlander e Sienna Hybrid, sendo que o problema identificado pode resultar no mau funcionamento dos sensores do Sistema de Classificação de Ocupantes (OCS), que detecta a presença de um ocupante para determinar se o airbag frontal do lado do passageiro deve ser activado ou não. Só nos Estados Unidos, esta situação afecta um milhão de veículos.

Os sensores em causa asseguram que os airbags não são accionados se uma criança pequena estiver sentada no banco da frente. Os concessionários irão inspeccionar e, se necessário, substituir os sensores. O fabricante de automóveis planeia começar a notificar os proprietários em Fevereiro sobre a recolha.

Em Julho de 2022, a Toyota emitiu uma recolha para 3500 RAV4 nos Estados Unidos, devido a uma potencial interferência entre peças internas que poderia fazer com que o sensor OCS detectasse incorrectamente o ocupante.

O airbag do passageiro dianteiro foi apresentado, em 1987, pela Mercedes-Benz, tendo sido introduzido nos modelos de produção no ano seguinte: primeiro, no Classe S; logo depois, no Classe E. De acordo com os testes de colisão, o airbag reduz o risco de ferimentos graves. E, segundo a Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos EUA, os airbags frontais já salvaram a vida a mais de 50 mil pessoas no país nos últimos 30 anos.

Os novos sensores foram criados porque os airbags mais antigos eram accionados da mesma forma para todos os condutores e passageiros, causando alguns ferimentos e, em casos raros, até mesmo a morte de crianças, adultos de baixa estatura e passageiros sem cinto que estavam demasiado perto do airbag quando este foi accionado, afirma a agência.

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