António Costa, passado e futuro

Para Costa, o poder, a sua conquista, o gozo da sua preservação, são, sempre foram, fins em si mesmos. Tão simples e tão pouco sofisticado quanto isso.

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1. António Costa é, indiscutivelmente, um político com características e qualidades ímpares. A várias décadas de traquejo e de experiência em funções partidárias e governativas que lhe dão um sólido domínio sobre um número muito alargado de temas e de dossiês, soma uma inteligência acutilante, uma intuição política que talvez só encontre paralelo em Mário Soares e uma capacidade negocial extraordinária. Como se não bastasse, Costa é capaz de ser senhor, simultânea e paradoxalmente, de uma frieza cortante, de uma simpatia cativante e de um sentido de humor desarmante. Não é pouco, convenhamos. E teria feito, aliás, melhor a direita em reconhecer esta poderosa combinação de atributos políticos do que em ceder a uma aversão epidérmica ao primeiro-ministro que a cegou e que prejudicou em muito a sua eficácia política. Mas essa é outra história e fica para outro dia.

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