Quarta na TV: de Teerão a Cabul, com o Maestro e Bruno Aleixo
Também é dia de redescobrir Bardot, Construir o Futuro e reencontrar Percy Jackson numa série.
A Lei de Teerão
Cinemundo, 23h10
Nomeado para o César de melhor filme estrangeiro, o thriller de acção de Saeed Roustayi aborda o grave problema do narcotráfico e da toxicodependência no Irão. Samad (Payman Maadi) é um agente da brigada de narcóticos que persegue Nasser (Navid Mohammadzadeh), um perigoso traficante de Teerão.
Quando Nasser é finalmente apanhado, algo que lhe valerá a pena capital, o detective percebe que, para lá dos crimes, está mais uma vítima das circunstâncias. Isso só vem reforçar a sua convicção de que todo o seu esforço no combate ao crime é inglório e que a verdadeira solução está fora das suas mãos.
Maestro
Netflix, streaming
Duas semanas depois da estreia nos cinemas, chega à plataforma o biopic realizado e protagonizado por Bradley Cooper – também co-autor do argumento, em parceria com Josh Singer – sobre o compositor e maestro norte-americano Leonard Bernstein e a história de amor que viveu com a actriz chilena Felicia Cohn Montealegre (interpretada por Carey Mulligan).
Foram casados durante 25 anos e tiveram três filhos – todos eles apoiantes da produção do filme. Estreado na 80.ª edição do Festival de Veneza, Maestro perfila-se como forte candidato aos Óscares entre a imprensa. Para já, está nomeado para quatro Globos de Ouro.
SÉRIES
Bardot
RTP2, 22h01
A estreante Julia de Nunez encarna Brigitte Bardot nesta minissérie biográfica de seis episódios. Foca-se numa década específica da vida da actriz e modelo francesa, entre 1949 e 1960, dando conta da sua ascensão ao estatuto de estrela e da forma como teve de lidar, muito jovem, com a fama de símbolo sexual.
O Natal do Bruno Aleixo
RTP1, 00h54
Estreia. Um ano depois do filme O Natal do Bruno Aleixo, a RTP acolhe a minissérie que dá largas à repugnância da criatura – espécie de cruzamento entre um cão e um ewok – por todas as coisas associadas à época, qual Grinch de Coimbra. Na verdade, aproxima-se mais de um Ebenezer Scrooge de Dickens, já que a história o põe a recordar natais passados enquanto está em coma, depois de um acidente. Conseguirá ele ultrapassar essas memórias de “prendas manhosas e péssimas refeições” e render-se ao espírito da quadra?
Assinada por João Moreira e Pedro Santo (criadores da personagem), a série também conta com Cleia Almeida, Melissa Garcia, Henrique Guerra, João Lemos e Carla Maciel no elenco. Os seis episódios são exibidos diariamente, até sábado.
Percy Jackson
Disney+, streaming
O jovem herói dos livros de Rick Riordan, que já tinha saltado para o cinema, ressurge agora numa minissérie desenvolvida por Riordan e Jonathan E. Steinberg para a Disney+. O primeiro par de episódios fica disponível hoje; os seis restantes vêm depois, a ritmo semanal.
O desajustado Percy Jackson – aqui interpretado por Walker Scobell – fica a saber que os monstros e deuses da mitologia não só são reais, como ele próprio é um semideus. Do alto dos seus 12 anos, ainda mal domina os seus poderes quando é incumbido de salvar o mundo. É que o raio-mestre de Zeus foi roubado e é preciso devolvê-lo para apaziguar o Olimpo e evitar a catástrofe entre os mortais.
DOCUMENTÁRIOS
Construir o Futuro
RTP2, 20h37
Estreia-se uma série documental de sete episódios, realizada por Frederic Planchenault, que pretende revelar “os segredos das arquitecturas mais ecológicas do mundo”. Vai dos meios rurais até aos grandes aglomerados urbanos recolher exemplos de como a construção se está a reinventar para ir ao encontro de soluções mais sustentáveis para o ambiente e eticamente mais responsáveis.
Longe de Cabul
RTP1, 21h01
A música pode ser uma ocupação perigosa. Que o digam os jovens músicos que se refugiaram em Portugal depois de, no Verão de 2021, os taliban terem tomado o poder no Afeganistão.
Este documentário de Cândida Pinto e Daniel Mota, com imagem de David Araújo, ouve-os enquanto descrevem como é viver num limbo entre a adaptação a um novo país, a preocupação com os que ficaram em Cabul, a vontade de continuar a fazer música (materializada numa orquestra no exílio) e a esperança de, um dia, como sublinha a sinopse, “conseguirem voltar a romper o silêncio no Afeganistão”.