O Pynchon dos pobres

Inalterado também é o indisfarçável afecto de Pynchon por tudo aquilo que não é sério — ou seja, por tudo e todos os que não manifestam um compromisso incessante com a racionalidade e com a ambição.

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2023 foi um ano fértil em efemérides pynchonianas, e portanto generoso para a produção de conteúdos adjacentes. A mais óbvia foi o cinquentenário de Gravity’s Rainbow, obedientemente assinalado por meia dúzia de retrospectivas na imprensa americana. Quem quisesse uma celebração mais rebuscada podia também assinalar os 60 anos de “carreira” (V., o romance de estreia, apareceu em 1963), ou até os dez de Bleeding Edge, o último livro, no sentido de mais recente, ou, quem sabe?, no sentido de último — Pynchon tem 86 anos e, descontando um derradeiro fôlego inesperado, como o de Cormac McCarthy, o mais provável é que a próxima publicação seja póstuma.

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