Champions: Sp. Braga decidido a não oscilar em jogo de tudo ou nada

“Final” de Nápoles exige triunfo minhoto por dois golos de diferença. Empate apura equipa portuguesa para a Liga Europa.

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Momento do treino do Sp. Braga, ontem, em Nápoles EPA/CESARE ABBATE
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Um triunfo e um empate nos últimos seis compromissos (domésticos e internacionais), está longe de ser o "cartão de visita" ideal de um Nápoles que adiou, em Madrid, para a última ronda do Grupo C da Liga dos Campeões, o “embarque” rumo aos oitavos-de-final da prova, vaga que, agora, terá de discutir no estádio Diego Armando Maradona com os “guerreiros” do Sp. Braga.

Num grupo que, à partida, parecia destinado a uma discussão de pares, deixando em aberto apenas a questão do lugar disponível para a transição para a Liga Europa — a dirimir entre Sp. Braga e Union Berlin —, chega-se agora à última ronda com praticamente todos os cenários em aberto... à excepção do primeiro lugar, já garantido pelo Real Madrid.

Da perspectiva do Sp. Braga, fundamentalmente a que interessa mais sublinhar neste grupo, a equipa de Artur Jorge pode ainda sonhar com a estreia na fase a eliminar da Champions. Tudo, graças a uma vitória e um empate frente aos alemães do Union Berlin. Quatro pontos que deixam os minhotos a um triunfo de igualar os napolitanos no segundo lugar do grupo, cujo desempate teria de ser decidido pela diferença de golos, com os “arsenalistas” a precisarem de marcar mais dois do que os italianos para anularem a derrota (1-2) do primeiro jogo.

Desafio simultaneamente próximo e distante, já que os italianos ainda não venceram qualquer partida na condição anfitriões (derrota por 2-3 com o Real Madrid e igualdade 1-1 com o Union Berlin). Mas, nem mesmo com os espanhóis, o Nápoles esteve a perder por dois golos.

Artur Jorge conhece as circunstâncias e os números do adversário, que vem de três derrotas consecutivas, o culminar de um ciclo de quatro desaires em cinco encontros, a contrastar com os quatro triunfos bracarenses nas cinco partidas mais recentes.

Factos relativos, em contextos e com adversários diferentes. Ainda assim, um raio que ilumina o caminho do Sp. Braga num duelo que Artur Jorge designou de “tudo ou nada”, durante a conferência de imprensa de antevisão.

Um confronto que apresenta, ainda, um incontornável factor de distracção, já que o Sp. Braga pode balançar e oscilar pelo facto de jogar com dois resultados para poder atingir dois objectivos distintos: primeiro a vitória, para “continuar a fazer história”, garantindo o acesso inédito aos “oitavos”; em alternativa, o empate excluiria o cenário de eliminação das competições europeias, mesmo que o Union Berlin estivesse, nesse caso, obrigado a vencer o Real Madrid.

Artur Jorge, que conta com Víctor Gómez na direita da defesa, sector onde não estará o central Niakaté (expulso no último jogo), garante não “faltar ambição”, nem determinação, pelo que a ordem é de procurar a vitória para no fim conferir se o resultado fica ao nível das “expectativas, ambições e objectivos em que todos estão totalmente focados. Partimos em desvantagem porque o Nápoles tem sido mais consistentes. O que tentaremos igualar em termos pontuais. Depois, veremos se ficamos mais ou menos satisfeitos”, referiu o técnico sem mencionar o plano B, de um empate que garante a passagem para a Liga Europa.

Atento à capacidade e ambição do Sp. Braga, o técnico dos napolitanos, Walter Mazzari, quer evitar a pior das recentes derrapagens e garantir o apuramento “fundamental” para a tranquilidade. Mazzari conta com o goleador Victor Osimhen, ausente no último treino para participar na entrega da Bola de Ouro africana, em Marrocos.

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