Eleições da Confederação do Desporto de Portugal foram impugnadas

Federação Portuguesa de Lohan Tao Kempo evoca uma alegada violação do artigo 38.º dos estatutos, após a eleição de Daniel Monteiro.

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Daniel Monteiro, eleito presidente da CDP DR

As eleições da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), que elegeram Daniel Monteiro como presidente, na segunda-feira, foram impugnadas pela Federação Portuguesa de Lohan Tao Kempo (FPLK), confirmou à agência Lusa fonte ligada ao processo eleitoral.

O antigo presidente da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU), que liderava a lista A, recebeu 26 votos na segunda volta das eleições do organismo para o quadriénio 2023-2027, contra 24 de Ricardo José, ex-presidente da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS), num acto eleitoral que contou com 52 eleitores associados, registando-se ainda um voto em branco e um nulo.

De acordo com a mesma fonte, a FPLK evoca o artigo 38.º do número três do capítulo quatro dos estatutos da CDP, no qual se lê que "a Mesa da Assembleia fará o apuramento da votação e declarará eleita a lista que haja obtido a maioria absoluta dos votos expressos".

Daniel Monteiro e Ricardo José disputaram a segunda volta das eleições da CDP, depois de na primeira nenhuma das listas ter conseguido a maioria absoluta. E o presidente agora eleito mostrou-se surpreendido com a posição tomada pela FPLK.

"Foi com estupefacção e surpresa que recebi este pedido de impugnação. Há uma maioria de votos, há uma lista vencedora. É assim a democracia, por um voto se ganha e por um voto se perde. O sentido dos votos nas duas voltas é muito evidente e esclarecedor. A segunda volta é definitiva, os estatutos não deixam dúvidas", vincou Daniel Monteiro.

Por isso, e pela clareza dos números, Daniel Monteiro, que diz ter recebido várias "manifestações de incredulidade", desvaloriza esta contestação. "A vitória no dia 20 [segunda-feira] foi clara e, no entender da lista que lidero, a tentativa de impugnação não tem qualquer fundamento e resulta de um evidente desconhecimento dos estatutos. Só desta forma explico essa tentativa, já que não acredito que decorra de um mau perder. Olho para este processo com muita tranquilidade" rematou.

Carlos Paula Cardoso, de 76 anos, presidia há cinco mandatos e 21 anos à CDP, desde Outubro de 2002, quando sucedeu a José Manuel Constantino, actual presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).

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