Ex-secretário de Estado Tiago Silveira também é arguido

“Há uma nota comum em toda a minha carreira, no sector público e no sector privado: a honestidade e o estrito respeito pela legalidade”, reagiu antigo governante.

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João Tiago Silveira trabalha actualmente na Morais Leitão Nelson Garrido
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O ex-secretário de Estado socialista João Tiago Silveira também é arguido na investigação que desencadeou a demissão do primeiro-ministro.

O antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ex-secretário de Estado da Justiça do Governo de Sócrates confirmou esse facto ao jornal online Eco: “Perante o ruído que se tem instalado e antes que suspeitas sem contraditório se consolidem na opinião pública, quero deixar muito claro que ao longo da minha vida profissional nunca confundi o exercício de funções públicas e de funções privadas, em particular da profissão de advogado. Há uma nota comum em toda a minha carreira, no sector público e no sector privado: a honestidade e o estrito respeito pela legalidade.”

Secretário de Estado de Alberto Costa na altura em que António Costa tutelava a pasta da Justiça, João Tiago Silveira tornou-se entretanto sócio do escritório de advogados Morais Leitão, onde coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente.

A Morais Leitão conta com outro arguido neste processo, Rui de Oliveira Neves, que se encontra detido por suspeitas de ter conseguido favores dos governantes João Galamba e Duarte Cordeiro no projecto destinado a criar em Sines um megacentro de dados, um empreendimento privado de 3,5 mil milhões de euros lançado por um consórcio privado formado por uma empresa britânica e outra norte-americana.

Nesta investigação estão em causa crimes de prevaricação, de corrupção activa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência que abrangem não só o data center, mas as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) e ainda um projecto de central de produção de energia a partir de hidrogénio previsto também para Sines, apresentado por um consórcio que se candidatou ao estatuto de Projectos Importantes de Interesse Comum Europeu.

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