Produtora mexicana Paula Astorga é a nova directora do Doclisboa

A também programadora, que sucede no cargo a Miguel Ribeiro, dirigiu a Cinemateca Nacional do México de 2010 a 2013.

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Paula Astorga tem no seu currículo a liderança da Cinemateca Nacional do México Gonçalo Castelo Soares/Doclisboa
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A produtora, programadora e cineasta mexicana Paula Astorga é a nova directora do Doclisboa, sucedendo no cargo a Miguel Ribeiro, anunciou o festival na manhã deste domingo, 29 de Outubro, em comunicado. Entre os cargos que exerceu no passado inclui-se a direcção da Cinemateca Nacional do México. Ali levou a cabo, entre 2010 e 2013, uma extensa remodelação que passou pela criação de um museu, de um laboratório de restauro e de uma biblioteca digital.

Natural de Pachuca, onde nasceu em 1972, Paula Astorga formou-se em direcção e produção no Centro de Capacitación Cinematográfica da Cidade do México, e fundou depois a produtora Piña y Malibú, com a qual realizou anúncios e vídeos musicais. Do seu currículo constam ainda projectos como a Asociación Civil Circo 2.12 AC, dedicada à promoção e à gestão da cultura audiovisual, o Cinema Global, iniciativa de exibição cinematográfica associado ao Festival de México en el Centro Histórico, o Festival Internacional de Cinema Contemporâneo da Cidade do México, que dirigiu até 2008, e o Festival Distrital Cine y Otros Mundos.

"Ao longo de uma extensa carreira em que trabalhou com inúmeras instituições em diversos países, tem desenvolvido um importante trabalho de atenção aos processos de criação, aos modos de programação e exibição, e à criação de contextos de encontro entre o cinema e os seus públicos", acrescenta o Doclisboa na nota que enviou à imprensa.

“É com grande emoção que abraço esta oportunidade única de fazer parte da celebração que é o Doclisboa, um espaço onde se trabalham extraordinárias possibilidades de intercâmbio e onde tenho visto convergir, em diferentes contextos, as vozes e os olhares dos lugares que habitamos como pensadores críticos, como cinéfilos, como espectadores e como criadores", diz Paula Astorga, citada no mesmo comunicado. "O Doclisboa é um espaço de intercâmbio de grande riqueza conceptual, filosófica, estética, social e plural com o qual partilho as mesmas preocupações, aspirações e objectivos que têm acompanhado os meus anos de trabalho e a minha visão (...). Espero que, sob a minha direcção, continue a consolidar-se como uma referência para os seus públicos, para Portugal e para todo o ecossistema do cinema independente no mundo."

Miguel Ribeiro, que encerra aqui a sua passagem pela direcção do festival, iniciada em 2020 (então sucedendo a Cíntia Gil em parceria com Joana Gusmão e Joana Sousa), vai agora ser o responsável pela coordenação e programação da Casa do Comum do Bairro Alto, o projecto idealizado pelo livreiro José Pinho (1953-2023) que terá a sua inauguração a 1 de Novembro.

O 21.º Doclisboa encerra este domingo. Em 2024, o festival regressa de 17 a 27 de Outubro.

Notícia corrigida com indicação de funções de Miguel Ribeiro na Casa do Comum.

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