Reabilitação da Praça da Corujeira arranca no fim de 2024, ano em que deveria estar pronta

Câmara do Porto apresentou plano para reabilitação da praça de Campanhã há quase três anos. Ideia de criação de um Sky Garden não vai, para já, ser concretizada.

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Projecção do edifício-bar da futura praça da Corujeira DR
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O ano de 2024, inicialmente indicado como o de conclusão do projecto de reabilitação da Praça da Corujeira, será, afinal, o ano de arranque do projecto no terreno. Há quase três anos, a Câmara do Porto anunciou o vencedor do concurso municipal para reabilitar aquela praça de Campanhã e a sua envolvente. O Atelier Miguel Melo, de Guimarães, foi o vencedor, com um projecto que promete transformar a Corujeira numa nova centralidade.

Era esse, aliás, o pedido da Câmara do Porto, que reservou 4,4 milhões de euros para o projecto: aquela “centralidade renovada” deveria transformar a zona num dos “principais espaços lúdicos e turísticos da cidade e num ponto central das novas dinâmicas urbanas do território de Campanhã”, referia o concurso. Além disso, deveria contribuir para integrar a praça no “sistema de acessos ao centro da cidade a partir da zona oriental do Porto”.

“O projecto tem vindo a ser desenvolvido e validado nas suas diferentes fases, estando prevista a entrega do projecto de execução no final de 2023”, adianta o gabinete de comunicação da Câmara do Porto. Até agora, acrescenta, “foram validadas fases intermédias do projecto e assegurada a sua compatibilização com outros projectos em desenvolvimento para esta área”, como o Matadouro e o loteamento do Monte da Bela, nomeadamente no que diz respeito ao “funcionamento do sistema urbano (mobilidade e acessos)”.

Neste momento, o município prevê que o concurso público seja lançado no primeiro semestre de 2024 e que o arranque da obra aconteça no último trimestre do mesmo ano.

Questionada sobre eventuais alterações ao projecto, como aconteceu no caso do Matadouro, a autarquia diz que há apenas “adaptações pontuais”, sobretudo relacionadas com a “compatibilização com os projectos que se encontram em curso na área envolvente”.

O atelier vimaranense concebeu o projecto para a Corujeira em plena pandemia, procurando valorizar o arbóreo existente e melhorar as condições de vida de quem habita naquela zona da cidade. Na praça haverá um “edifício bar” – com café, quiosque e sanitários – construído a alguns metros do chão, uma estrutura em madeira maciça de pinho. Os plátanos, árvores centenários que reinam na praça, são um elemento estruturante do projecto.

Os bancos originais mantêm-se (depois de recuperados) e haverá bebedouros, sinalética para conhecer as espécies arbóreas do parque, áreas para jogos tradicionais (como malha ou petanca) instaladas em pavimento em saibro e ainda um piso de borracha permeável ou áreas ajardinadas com prado.

De fora ficará, para já, a ideia apresentada como “extra” pelo gabinete de Miguel Melo: o “sky garden parque de arborismo”. “Esta proposta não avançou com o desenvolvimento do projecto”, responde a autarquia, não a pondo completamente de parte. “Poderá ser considerada futuramente, após implementação do projecto e após uma análise mais aprofundada sobre as suas mais-valias e benefícios”, admite.

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