Há um projecto em curso no Quénia que quer tentar sugar o CO2 do ar
As empresas afirmaram que vão explorar a viabilidade de construir um projecto capaz de remover até 1 milhão de toneladas de CO2, que poderá começar a funcionar já em 2028.
A Climeworks está a explorar o desenvolvimento de um projecto de captura directa do ar (DAC) em grande escala no Quénia para remover e armazenar dióxido de carbono da atmosfera com a Great Carbon Valley, o primeiro do género na África Oriental, disseram as duas empresas na quinta-feira.
Muitos cientistas acreditam que extrair anualmente milhares de milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, recorrendo à natureza ou à tecnologia, é a única forma de cumprir os objectivos estabelecidos no acordo climático de Paris da ONU para travar as alterações climáticas.
As empresas afirmaram que vão explorar a viabilidade de construir um projecto capaz de remover até 1 milhão de toneladas de CO2, que poderá começar a funcionar já em 2028.
A Climeworks é um dos promotores mais estabelecidos da tecnologia em fase inicial, possuindo a maior instalação operacional do mundo, a fábrica Orca na Islândia, que pode remover 4000 toneladas de CO2 por ano e armazená-lo no subsolo.
As empresas afirmaram que a geologia da região e o potencial para as energias renováveis fazem dela o local ideal para uma fábrica de DAC.
"A África Oriental é o lar de um abundante potencial de energia renovável inexplorado, incluindo recursos de energia solar, eólica e geotérmica de classe mundial, e formações de basalto necessárias para catalisar uma indústria vibrante de remoção de carbono", disse Bilha Ndirangu, CEO da Great Carbon Valley.
Os projectos que sugam o dióxido de carbono do ar podem gerar créditos de remoção que podem depois ser comprados e utilizados pelas empresas para ajudar a compensar as emissões que não conseguem eliminar da sua actividade.
As empresas não especificaram a forma como o projecto seria financiado, mas os promotores de projectos de DAC têm tradicionalmente efectuado vendas antecipadas de créditos de remoção, com um custo na casa dos três dígitos médios a altos em dólares por tonelada.