Livre vota contra moção de censura: “Não entramos no jogo do Chega”

Só IL e o próprio Chega vão votar a favor da moção de censura ao Governo em debate esta tarde no Parlamento.

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Rui Tavares vai votar ao lado de toda a esquerda Rui Gaudencio
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Depois do PS, PCP e BE terem anunciado o voto contra à moção de censura do Chega ao Governo, o deputado único do Livre, Rui Tavares, revela que também se juntará a estas bancadas, alinhando pelo mesmo sentido de voto. “Não entramos no jogo deste partido tóxico”, justificou ao PÚBLICO Rui Tavares. A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, também vota contra. Só o Chega e a IL votam a favor, o PSD abstém-se.

O deputado referiu que a opção resultou de uma decisão “muito clara” da assembleia do partido, realizada esta segunda-feira à noite.

“Vamos votar contra por considerar que se trata de uma moção de censura que um partido de extrema-direita usa para marcar a agenda de uma forma espúria e escapar pelos pingos da chuva em relação a práticas nefastas da nossa democracia”, justificou Rui Tavares, referindo-se à divulgação de notícias falsas com grafismos semelhantes aos de órgãos de comunicação social (PÚBLICO e Rádio Renascença).

O deputado do Livre considerou ainda que o Chega está a usar “instrumentos sérios como o da moção de censura para desviar as atenções quando tem uma direcção que continua ilegal” devido às decisões do Tribunal Constitucional.

Questionado sobre se o Governo merece censura, o deputado do Livre respondeu afirmativamente. “Merece todos os dias, fazemos essa censura e também reconhecemos coisas boas quando acontece, embora haja menos coisas boas do que más”, afirmou.

Com o título "Por um país decente e justo, pelo fim do pior Governo de sempre", o texto da moção de censura é votado no final do debate desta tarde e tem chumbo garantido.

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