Se estivéssemos à espera do Estado para investir…

O Estado, na ânsia de tudo querer, acaba por criar inúmeras entropias que apenas prejudicam o investimento em vez de o incentivar.

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Não é frequente lermos entrevistas a executivos de empresas de grande dimensão. As restrições comunicacionais que lhes são hoje impostas são de tal forma elevadas, sobretudo nas empresas cotadas em bolsa, que um simples “lapsus linguae” facilmente acaba num comunicado aos investidores, ou até, quando a opinião é mal interpretada, na reforma antecipada do executivo. Assim, na hora de falar aos jornalistas, a reserva acaba por imperar, quando não é mesmo supervisionada por assessor de imprensa, através de palavras calibradas para não incomodar ninguém. Isto acontece não só em Portugal, mas também no resto do mundo. Todavia, em Portugal, porque o país é pequeno e o Estado é grande, o efeito de mordaça acaba por ser duplo. Para além de não existirem muitas companhias cotadas em bolsa, há ainda o temor ao poder público. A crítica ao Estado, normal em países com cultura democrática, continua a ser anátema entre nós.

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