Ataques no Mali causam 114 mortos, entre civis, militares e terroristas

O Governo do Mali anunciou o número de mortos e decretou três dias de luto no país, a partir de sexta-feira.

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Trata-se do segundo ataque contra uma embarcação nos últimos dias JOE PENNEY/REUTERS

Dois atentados contra um barco de passageiros e uma base militar esta quinta-feira no Mali fizeram 49 mortos civis e 15 soldados, anunciou o Governo maliano​, atribuindo-os à Al-Qaeda, acrescentando que 50 alegados terroristas foram mortos pelos militares.

Em comunicado, o Governo do Mali anunciou o número de mortos e decretou três dias de luto no país, a partir de sexta-feira.

De acordo com o governo, os ataques também deixaram um número desconhecido de pessoas feridas e causaram danos materiais à embarcação.

Fontes locais disseram à agência de notícias espanhola Efe que, após o ataque à embarcação fluvial, soldados de uma base próxima foram ao local e entraram em confronto com os terroristas.

O ataque ao navio foi perpetrado com projécteis de calibre militar e ocorreu entre as cidades de Abakoira e Zorghoi, no centro-norte do país, por volta das 11h locais. O alvo era um barco pertencente à Companhia de Navegação Fluvial do Mali (Comanaf).

Trata-se do segundo ataque contra uma embarcação deste género nos últimos dias. No passado dia 1 de Setembro, na mesma região de Tombuctu, outro barco da Comanaf foi atacado entre as localidades de Aka e Ingueme.

Em consequência, um rapaz de 12 anos morreu, um oficial ficou gravemente ferido e um membro da tripulação sofreu ferimentos ligeiros.

O transporte fluvial era, até estes atentados, a forma mais segura de se deslocar entre a capital Bamako e algumas cidades do leste e do norte, que estão sob grande pressão de grupos jihadistas leais à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico.

Já o ataque à base militar teve lugar na cidade de Bamba, na região norte de Gao, e foi reivindicado pela Al-Qaeda no seu canal de propaganda Az-Zallaqa, onde refere que os terroristas tomaram o controlo do local militar.

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