O cãozinho do tanque

Quando se visita uma frente, a maioria das casas que se vê destruídas são casas de gente pobre, assim como os espaços de recreio e escolas, não são opulentas mansões.

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Eu, o Presidente e ministro dos Estrangeiros vimos um pequeno cão vestido de bailarina em cima dos restos de um tanque russo. O pobre cão tremia de medo e isso era a única coisa confrangedora da cena, imediatamente fotografada por tudo o que era jornalista que estava perto. Compreende-se bem, a foto era engraçada e toda a gente que estava perto, nós e muitos ucranianos, sorriam da cena insólita. Mas como é habitual na máquina de má-língua e má-fé que são as “redes sociais”, a foto foi transformada numa afronta à Ucrânia, por parte dos radicais de direita que pululam nesse espaço e numa caracterização da guerra como ridícula por parte dos amigos dos russos que também frequentam em massa esses bas-fonds. Nada que não fosse esperado. Também eles tremem como o cãozinho.

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