Festival Interferências revela espectáculos de oito jovens artistas

O programa de residências organizado pela Companhia Olga Roriz, em Lisboa, terá lugar de 15 a 17 de Setembro.

Foto
Bailarina e coreógrafa, Olga Roriz criou a própria companhia em 1995, onde reúne o seu repertório na área da dança, teatro e filme Paulo Pimenta

O Festival Interferências vai regressar em terceira edição, entre 15 e 17 de Setembro, com espectáculos de artes performativas de oito jovens artistas seleccionados para um programa de residências organizado pela Companhia Olga Roriz, em Lisboa.

Durante três dias, oito artistas vão revelar novos projectos nos vários estúdios, jardins e recantos do Palácio Pancas Palha, em Santa Apolónia, dirigidos ao público em geral, a outros artistas e a programadores, segundo a organização.

Este ano, o programa seleccionou trabalhos de Alex & Pedro Russo, Daria Nowak, Francisca Pinto, Izabel Nejur, Joana Levi, Laura Ríos, Rina Marques e Sara Pinheiro & Artur Pispalhas, entre 91 candidaturas que abrangiam diferentes práticas artísticas, nomeadamente a dança contemporânea, o teatro e a instalação sonora.

O festival — que pretende ser "um espaço plural, experimental e transversal a várias práticas artísticas", e para isso oferece uma bolsa de apoio à criação, além do apoio técnico, logístico e de divulgação — teve como júri desta edição António Quadros Ferro, Bruno Alexandre, Maria Gil e Olga Roriz.

A dupla Alex e Pedro Russo vai apresentar Os Dois Irmãos, Daria Nowak, por seu turno, levará The empty space. The dance today, Francisca Pinto criou Sololo ou a Ilha, Izabel Nejur mostra Gigantesca, Joana Levi apresentará Primárias e Exóticas, Laura Ríos criou Sempre Quis Dançar Carmen, Rina Marques com Erma, e Sara Pinheiro e Artur Pispalhas vão instalar uma intervenção sonora.

Criado em 2019, o Interferências resulta de uma plataforma de promoção da criação artística promovido pela companhia para apoiar não apenas a dança, mas as artes performativas em geral e para promover a sua visibilidade.

Bailarina e coreógrafa, Olga Roriz criou a própria companhia em 1995, onde reúne o seu repertório na área da dança, teatro e filme, constituído por mais de 40 obras.

Roriz criou e remontou coreografias para o Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado, Ballet Teatro Guaira, Ballets de Monte Carlo, Ballet Nacional de Espanha, English National Ballet, American Reportory Ballet e Alla Scala de Milão, e dirigiu a Companhia de Dança de Lisboa antes de criar a companhia em seu nome.

O seu repertório conta, entre outras, com as peças Pedro e Inês, Inferno, Start and Stop Again, Propriedade Privada, Electra, Os Olhos de Gulay Cabbar, Nortada, Jump-Up-And-Kiss-Me, Pets, A Sagração da Primavera, Antes que Matem os Elefantes, Síndrome e Seis Meses Depois.

Sugerir correcção
Comentar