Liliana Cá reserva lugar na final do disco nos Mundiais de atletismo

Nos 20km marcha, Ana Cabecinha repetiu o nono lugar que tinha alcançado nas duas anteriores edições da competição.

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Liliana Cá assegurou a final no segundo lançamento Reuters/DYLAN MARTINEZ

Pertenceu a Liliana Cá o melhor resultado da comitiva portuguesa no segundo dia dos Mundiais de atletismo. A lançadora de 36 anos conseguiu o sétimo lugar na qualificação do disco e vai marcar presença na final, agendada para terça-feira, pelas 19h30, no Centro Nacional de Atletismo, em Budapeste.

Depois do quinto lugar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, e do sexto posto nos Mundiais do ano passado, Liliana Cá assegurou a presença na final com um arremesso a 63,34 metros, no seu segundo ensaio. Iniciou o concurso com 61,27, antes de conseguir a melhor marca e de encerrar a prestação com um nulo.

Liliana Cá, que está a levar a cabo a terceira presença em Mundiais, vai ser a única portuguesa na final do disco, já que Irina Rodrigues foi eliminada, com o 26.º registo do dia. Num concurso dominado pela norte-americana Valarie Allman (67,14m), Rodrigues não foi além dos 57,08m.

Na primeira prova do dia, a dos 20km marcha femininos, Ana Cabecinha conseguiu mais uma corrida sólida. Naquela que foi a sétima presença no top-10 da especialidade em Mundiais, a marchadora algarvia terminou na nona posição, alcançando simultaneamente os mínimos olímpicos para Paris 2024.

Ao concluir o percurso em 1h28m49s, a recordista nacional (1h27m46s) bateu por 31 segundos a marca de qualificação para os Jogos (1h29m20s) e repetiu o nono lugar das últimas duas edições dos Mundiais, em Oregon2022 e Doha2019 – antes, tinha sido sexta em Londres2017 e Moscovo2013, quinta em Daegu2011 e quarta em Pequim2015.

“Eu tentei desfrutar cada volta, neste campeonato, depois da viagem tão atribulada que tivemos. Tentei passar para trás das costas, sorrir e sentir-me bem, e isso aconteceu, conseguindo estar aqui e fazer mínimos olímpicos e um top-10 mundial”, descreveu Ana Cabecinha, a terceira europeia numa prova conquistada por Marta Pérez (1h26m51s).

Já Vitória Oliveira, que se apresentou com o pior registo da temporada entre as 48 presentes na prova, também saiu satisfeita, melhorando, aos 30 anos, o recorde pessoal para 1h33m04s, com o 24.º lugar.

De uma das distâncias mais longas do calendário para a mais curta, Lorène Bazolo ficou a três centésimos de segundo da qualificação para as meias-finais dos 100 metros. A recordista nacional, de 40 anos, cumpriu a sétima série da qualificação em 11,29 segundos, no quarto lugar, fora das posições de apuramento directo.

Pior marca registou Arialis Martínez, ao terminar a sexta série no sétimo posto, em 11,47s (o recorde pessoal é 11,17s), o que não lhe permitiu ir além do 40.º posto global. A velocista de 28 anos lamentou ter-se ressentido de uma lesão nas costas e mostrou-se desiludida com o resultado: “Não foi o que esperava”.

Nos 400m, o mesmo desfecho nas provas feminina e masculina. Cátia Azevedo não superou as eliminatórias, depois de ter terminado no quarto lugar a terceira série, em 51,93s. Esta marca deixou a velocista de 29 anos no 32.º posto entre as 48 presentes, falhando os dois objectivos que tinha traçado: o acesso às meias-finais e um lugar olímpico.

João Coelho não fez melhor na corrida masculina. Ao terminar em sexto a terceira série, em 45,38s, o recordista nacional dos 400m (44,79s), que se estreou em Mundiais, ficou pelo caminho, com o 28.º registo entre os 45 presentes. “Não é esta corrida menos boa que dita a minha época. Foi uma semana complicada”, resumiu.

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