“Aqui me tens, Lena”, o amor orgulhoso de Amílcar Cabral

No Portugal conservador e racista dos anos 1940, o romance entre um negro das colónias e uma branca, filha de um militar de Chaves, superou hesitações e “sombras”, sem se livrar de insultos.

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Maria Helena Rodrigues e Amílcar Cabral na serra de Sintra, em 1950 FMSMB/Arquivo Amílcar Cabral
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Iva Cabral, a filha mais velha de Amílcar Cabral e Maria Helena Rodrigues, considera que as cartas que o pai escreveu à mãe “não são realmente cartas de amor”. Antes, devemos encará-las como partes de um todo maior: “Cartas que ajudam a construir a personagem de Cabral. Principalmente o seu lado humano.” As palavras de Iva Cabral são de 2016, ditas em Luanda ao diário online Rede Angola na promoção da obra que juntava a correspondência pela primeira vez em livro: Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena — A outra face do Homem (Rosa de Porcelana).

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