IRA resgata sete animais abandonados numa quinta em Vendas Novas

O grupo Intervenção e Resgate Animal refere que os animais estavam “repletos de pulgas e carraças”, sem água e sem comida.

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Manifestação, de Janeiro deste ano, pelos direito dos animais convocada pelo IRA Nuno Ferreira Santos
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O grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA) informou esta quarta-feira, através das redes sociais, que resgatou sete animais mal tratados na Quinta de Prates, em Vendas Novas.

Numa publicação no Facebook e no Instagram do grupo, o IRA refere que foram "deixados ao abandono sete cães pelos ex-proprietários". "Os animais estão repletos de pulgas e carraças, com as orelhas literalmente comidas e em carne viva, um deles tem o pescoço cortado por ter usado um cordel apertado durante bastante tempo, nenhum deles está microchipado, vacinado e muito menos desparasitado", descreve o IRA.

Os animais estariam num ambiente "inadequado", sem água e sem comida.

De acordo com a publicação, a GNR de Vendas Novas também esteve no local e terá feito auto de notícia pelo crime de abandono.

Ao PÚBLICO, o porta-voz do Comando da GNR de Évora, capitão Pedro Gomes, confirma que a GNR de Vendas Novas esteve no local. "Fizemos o que normalmente fazemos nestes casos, houve uma comunicação ao Ministério Público" relativa aos maus tratos aos animais referidos e "o inquérito está a decorrer". A investigação irá averiguar quem seriam os donos dos cães, uma vez que não teriam necessariamente de pertencer aos proprietários anteriores da quinta. "Pode haver outros contornos."

Os animais foram encaminhados para Lisboa para serem avaliados por veterinários.

Numa outra publicação no Facebook, o IRA tinha já adiantado que a referida quinta foi comprada "por um interessado que se deparou com os animais abandonados no seu interior". "Descreve que aquando visita ao espaço, contabilizou mais de 50 animais maltratados e uma pessoa de origem asiática (Bangladesh) em condições desumanas", pode ainda ler-se.

Sobre esta pessoa, o capitão Pedro Gomes adianta que a GNR tinha informação de que uma pessoa estrangeira trabalhava na quinta, mas no momento da fiscalização não estava no local.

Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz desconhecer a situação uma vez que não houve nenhum contacto para dar conta do caso.

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