Armando Pereira, co-fundador da Altice, conhecerá medidas de coacção “segunda ou terça-feira”

Advogado de Armando Pereira aponta para prolongamento da detenção durante o fim-de-semana. Suspeitas de vantagem ilegítima no valor de 100 milhões motivaram detenção de três pessoas na quinta-feira.

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Armando Pereira foi detido na quinta-feira Daniel Rocha/Arquivo
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Armando Pereira, co-fundador da Altice detido esta quinta-feira na sequência de buscas à empresa, deverá passar o fim-de-semana detido, com o advogado Pedro Marinho Falcão a apontar segunda-feira ou terça-feira como os dias prováveis para serem conhecidas as medidas de coacção. O que torna praticamente certa a possibilidade de Armando Pereira ficar detido durante o fim-de-semana.

"Existem três arguidos detidos, foram identificados e dado prazo para consulta do processo", começou por dizer Pedro Marinho Falcão. O PÚBLICO confirmou com o advogado que Armando Pereira prestará declarações na segunda-feira.

Em causa estão suspeitas de corrupção no sector privado, na forma activa e passiva, e fraude fiscal qualificada, “sendo estimado que a vantagem ilegítima alcançada pelos suspeitos em sede fiscal tenha sido superior a 100 milhões de euros”. Mas também crimes de branqueamento e de falsificação, com “a utilização de estruturas societárias constituídas no estrangeiro”.

Armando Pereira está com "estado de espírito de que a justiça seja feita", adianta o advogado, em declarações aos jornalistas presentes no Campus da Justiça.

A investigação que motivou a detenção de Armando Pereira foi iniciada há três anos e está a cargo da Inspecção Tributária de Braga. No total, foram feitas 90 buscas, domiciliárias e não-domiciliárias, em diversas zonas do país entre quinta e sexta-feira. Contaram com inspectores da Autoridade Tributária e Aduaneira e elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), quatro magistrados do Ministério Público e um juiz de instrução criminal.

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