Topolino é agora nome do novo quadriciclo eléctrico da Fiat

A Fiat quer que os novos Topolino se transformem nos ratinhos das estradas como o Fiat 500 original. Com dois metros e meio, o quadriciclo eléctrico cabe em qualquer canto e não requer carta.

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O Topolino quer ser o novo ratinho de Itália Alberto Cervetti/Fiat
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A Fiat quer pôr uma nova geração de carros Topolino nas estradas em 2024. Pelo menos, para viagens curtas, no interior das cidades ou em aldeias à beira mar. No começo do mês, a marca italiana apresentou o seu primeiro quadriciclo eléctrico, um pequeno veículo de dois metros e meio, com uma potência de 8cv, que chega aos 45 km/h. A bateria de 5,4 kWh promete aguentar 75 quilómetros entre carregamentos (demora cerca de quatro horas a carregar) e não requer carta de condução — em Portugal, basta ter 16 anos e licença da categoria AM.

O microcarro copia a alcunha da primeira versão do Fiat 500, lançado em 1957, que ficou conhecido entre os italianos como “ratinho” devido às suas dimensões. Tal como o Rocks-e da Opel, copia o conceito do Citroën Ami, o outro microcarro do grupo Stellantis que foi lançado em 2020: partilha o mesmo sistema de carroçaria, motor e bateria que o quadriciclo da Citroën, bem como o mesmo local de fabrico (Marrocos).

Mas o design, tipicamente italiano, muda tudo, com a adição dos típicos faróis circulares da Fiat que fazem parelha com os espelhos retrovisores redondos e prateados e uma faixa cinza no pára-choques. A carroçaria num verde-pastel finaliza o visual vintage.

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O novo topolino inspira-se no Ami da Citroën, mas com um design Fiat Alberto Cervetti
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A marca quer atrair jovens com um foco na sustentabilidade MAXSAROTTO

Há uma versão convencional “fechada”, com portas laterais, e outra de carroçaria aberta com cordas que lembram as barreiras de entrada de eventos ou passadeiras vermelhas. É possível adicionar uma cabeça de chuveiro para dias de praia.

“A missão era oferecer um carro adorável e acessível em termos de preço que pode chegar a novos clientes”, resumiu Gaetano Thorel, líder da Fiat na Europa, na apresentação do pequeno carro no topo do edifício Lingotto, antiga Fábrica Italiana de Automóveis de Turim (FIAT). Jovens preocupados com a sustentabilidade que procuram um carro acessível para deslocações curtas são parte do público-alvo.

Mas o público do Topolino não se fica apenas pelos mais novos. A proposta da Fiat chega numa altura em que o interesse por microcarros como o Topolino começa a aumentar, com dados da analista Transparecy Market Research (TMR) a notar que em 2022 esta indústria valia 7,9 mil milhões de dólares (cerca de 7,21 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual). O registo destes veículos é mais fácil do que com um carro tradicional. A procura por formas de escapar ao congestionamento das cidades e o preço são outros factores chave que alimentam a procura.

No entanto, com parcerias com marcas como a Armani, Damiani e os iates San Lorenzo, a marca também se dirige a pessoas que procuram pequenos luxos, incluindo um carro que consegue navegar facilmente por ruas esguias e estreitas e consegue estacionar em qualquer canto.

Como habitual num Fiat, o Topolino continua a poder ser personalizado ao estilo “la dolce vita” (a vida boa, de prazeres e luxos). Além do chuveiro, há autocolantes que simulam o aspecto da madeira para colar às portas e muitos acessórios exclusivos. Por exemplo, capas para os bancos que se transformam em toalhas de praia e uma ventoinha USB que se conecta ao carro.

Ainda não há preços para Portugal, mas espera-se que sejam superiores aos do microcarro da Citroën. Em Itália, o Topolino começa nos 9890 euros, com uma versão de subscrição por 39 euros/mês. Foi apresentado no mesmo evento que o novo Fiat 600e.

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