A portuguesa Filipa Rocha conquista segundo lugar no Prémio Inventor Europeu 2023

O trabalho de Filipa Rocha recorre a peças de lego e um pequeno robô para ajudar crianças com deficiência visual e, dessa forma, melhorar a educação e diminuir as desigualdades.

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Filipa de Sousa Rocha é uma engenheira informática de 27 anos DR

A portuguesa Filipa Rocha conquistou esta terça-feira o segundo lugar do Prémio Inventor Europeu 2023, na categoria Jovens Inventores, numa cerimónia em Valência, onde apresentou um projecto para ajudar crianças com deficiência visual a aprenderem programação e adquirirem competências digitais.

Filipa de Sousa Rocha, engenheira informática, 27 anos, apresentou o trabalho desenvolvido com recurso a peças de lego e um pequeno robô, através de tecnologia testada durante a pandemia. Melhorar a educação e diminuir as desigualdades foram os objectivos enumerados pela investigadora, que é estudante de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e professora assistente no Instituto Superior Técnico e com esta distinção recebeu dez mil euros.

O primeiro prémio foi conquistado por um jovem investigador do Quénia, Richard Turere, que desenvolveu um sistema de iluminação intermitente, com energia solar, para afastar os ataques dos leões ao gado nas aldeias, protegendo assim as comunidades e evitando a morte dos animais selvagens.

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Richard Turere, Fionn Ferreira e Filipa de Sousa Rocha DR

Os prémios são atribuídos pelo Instituto Europeu de Patentes, que criou a iniciativa em 2021 para incentivar a próxima geração de inventores.

Na categoria Indústria, o galardão foi para Pia Bergstrom, Annika Malm, Jukka Myllyoja, Jukka-Pekka Pasanen e Blanka Toukoniitty, uma equipa finlandesa que se dedica a converter resíduos em soluções renováveis, como combustíveis.

O prémio da categoria Pequena e Média Empresa (PME) foi para as físicas irlandesas Rhona Togher e Eimear O'Carrol, pelo trabalho desenvolvido para reduzir o ruído com um material acústico avançado.

O prémio europeu distingue também outros países, numa categoria vencida este ano pela equipa do investigador Kai Vu. Os cientistas chineses desenvolveram baterias de iões e de lítio que reduzem o risco de incêndio e explosão.

O Prémio Investigação foi atribuído a Patrícia de Rango, Daniel Fruchart, Albin Chaise, Michel Jehan e Nataliya Skryabina, uma equipa multidisciplinar de França pioneira na criação de um método seguro e sustentável de armazenar hidrogénio, com um disco sólido, mais seguro e fácil de transportar.

O químico espanhol Avelino Corma Canos recebeu o Prémio Carreira, que dedicou a todos os que com ele trabalharam ao longo dos anos. Pioneiro na área de catalisadores, foi co-fundador do Instituto de Tecnologia Química, uma instituição criada para impulsionar a investigação química em energia, sustentabilidade, saúde e água.

O prémio contempla também uma escolha do público, que votou como projecto mais popular a concurso o desenvolvido pela equipa vencedora na categoria investigação.

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