O paradoxo do Evangelho: quem perde ganha, quem ganha perde
É normal que as lideranças da Igreja Católica tenham procurado, ao longo dos séculos, ser fiéis às suas formulações consideradas mais correctas, mais ortodoxas.
1. Na liturgia deste domingo, somos confrontados com um sonho paradoxal. Este sonho está presente nas quatro versões do Evangelho. Dependem todas da versão de S. Marcos: “Quem perde ganha, quem ganha perde.” Este é o próprio sonho do Evangelho, um sonho que já tem dois mil anos. Se ainda não foi realizado, não se deve concluir que é irrealizável. No dia em que a Igreja aceitasse como irrealizável este sonho abandonaria Jesus Cristo. A história do cristianismo é a história das fidelidades e infidelidades a esse sonho como realidade da nossa história humana.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.