Evil Live reúne fãs de heavy metal satisfeitos com cartaz apesar de críticas a preços

Passes para os dois dias do festival que está na sua primeira edição ficariam nos 120 euros. Altice Arena quase completa.

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Concerto dos Slipknot em 2019, no Altice Arena paulo pimenta

A primeira edição do Festival Evil Live, que começou esta quarta-feira em Lisboa, recebeu vários elogios de fãs mas também lamentos pelos preços elevados dos bilhetes (70 euros para diário, 120 para passe de dois dias), embora a Altice Arena esteja quase completa.

Nas imediações da sala lisboeta, os festivaleiros, maioritariamente fãs de Pantera, face às camisolas que exibiram, mostraram-se bastante satisfeitos, nomeadamente com os dois cabeças de cartaz: a banda de Phil Anselmo e os também norte-americanos Slipknot, que encerram o festival na quinta-feira.

"O cartaz é incrível. Ter estes nomes aqui em Lisboa é espectacular. É do melhor que tivemos nos últimos anos. A malta do heavy metal veio em peso. É bom ter dois dias [de festival], mas que para o ano sejam três, como acontece com os outros festivais em Portugal", manifestou a espectadora Sara Sobral, em declarações à Lusa.

A fã de heavy metal, natural de Sintra, fez-se acompanhar do amigo João Diogo, que não escondeu a emoção de poder ver o regressado grupo texano ao vivo, agora formado por Phil Anselmo (voz), Rex Brown (baixo), Zakk Wylde (guitarra) e Charlie Benante (bateria), com os últimos dois a substituírem os falecidos irmãos 'Dimebag' Darrell e Vinnie Paul.

"Eu ainda nem acredito que vou poder ver Pantera pela primeira vez. Eles voltaram em força. Tenho visto na internet os vídeos dos últimos concertos e não desiludem. Só quero que chegue a hora de subirem ao palco. Slipknot é Slipknot. Não há como não gostar. Também quero muito ver Soulfly, Papa Roach e Vended, que tem o Griffin [na voz] e parece cantar como o pai [Corey Taylor, de Slipknot]. O cartaz foi muito bem conseguido", elogiou.

Do Porto viajou um grupo de quatro amigos, fãs de Slipknot, que teve Francisco Rodrigues como porta-voz para dar conta à Lusa da ansiedade sentida momentos antes de entrar no Altice Arena, que abriu as portas às 16h30.

"Viemos de longe e já faltou mais. Não consigo eleger um dia, acho que vão ser os dois tão bons. O mais difícil vai ser ter energia para esta quarta e [quinta-feira]. Viemos muito por Papa Roach e Slipknot. Mas hoje é Pantera e de certeza que vão explodir lá dentro", perspectivou.

Contudo, não faltaram as críticas aos preços praticados pela organização.

"Eu só venho esta quarta-feira porque 120 euros é muito dinheiro. Já vi Slipknot duas vezes, mas Pantera não. Os preços devem ser revistos. Mas acho que [quinta-feira] vai ser outro dia brutal", apontou o madeirense Júlio Ferreira, que vive em Lisboa.

Já o amigo Rui Silva deu conta de que fez "um esforço" para não se arrepender de perder o "grande cartaz" do festival de heavy metal nacional, que tem ainda outros nomes como Mammoth WVH, Elegant Weapons, Alter Bridge, Voynich Code, Blind Channel, Fever 333 e Meshuggah.

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