PCP devolve a Metsola e questiona se não a incomoda o “poder nazi” na Ucrânia

A deputada Paula Santos acusa o poder político ucraniano de promover a “prisão e o assassinato” e de impedir “o exercício do direito de opinião”.

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Paula Santos é líder parlamentar do PCP LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA
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Depois de a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, ter desafiado a líder da bancada do PCP a falar no Parlamento da Ucrânia, Paula Santos acusou a responsável europeia de "profunda hipocrisia" e devolveu, questionando se não a incomoda que o poder político ucraniano, que apelida de "nazi", impeça a "livre expressão" e assassine a sua população.

Em declarações aos jornalistas no encerramento das jornadas parlamentares do PCP, na Covilhã, Paula Santos considerou que Metsola revelou uma “atitude de arrogância e ingerência” e uma “profunda hipocrisia”, já que o Parlamento ucraniano é um "simulacro de Parlamento" onde "não há livre expressão" e a União Europeia tem instigado a guerra na Ucrânia.

"Estamos a falar do poder que ilegalizou as forças de esquerda, democráticas, progressistas, que é sustentando por forças de cariz nazi e que tem levado ao sofrimento e inclusivamente impede o exercício do direito de opinião e promove a prisão e o assassinato", acusou Paula Santos, considerando que "isto, sim, devia incomodar a presidente do Parlamento Europeu".

E questionou: “Não lhe incomoda que haja um impedimento da livre expressão e que ande a assassinar a população da Ucrânia com o desenvolvimento desta guerra que muito resulta deste poder nazi?".

A líder do grupo parlamentar dos comunistas atirou-se também à União Europeia por "alimentar e instigar a guerra", ao invés de contribuir para o fim da mesma, tendo defendido que "aquilo que é necessário é tomar iniciativa para pôr fim a esse conflito e encontrar uma solução negociada para a paz”, que "assegure a segurança do mundo e na Europa".

Sustentando que se "devia ter evitado que esta guerra começasse em 2014", Paula Santos afirmou ainda que o PCP "exprime solidariedade com o povo da Ucrânia" e que "tem estado sempre ao lado" do mesmo.

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