Eixo Norte-Sul não será cortado para a Jornada Mundial da Juventude

José Sá Fernandes, coordenador do Governo para o evento, diz que nunca esteve previsto usar a via para parque de estacionamento.

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A JMJ terá lugar em Lisboa de 1 a 6 de Agosto Rui Gaudencio
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José Sá Fernandes, coordenador do grupo de projecto de preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) assegurou nesta sexta-feira ao PÚBLICO que o Eixo Norte-Sul, que atravessa Lisboa, não será usado como parque de estacionamento para os milhares de autocarros que são esperados para o evento.

Na passada quinta-feira, o director nacional da PSP, Magina da Silva, admitiu que “eventualmente” o Eixo Norte-Sul poderia ser cortado “total ou parcialmente” para servir de parque de estacionamento para os autocarros que vão transportar para Lisboa os peregrinos de vários países.

José Sá Fernandes admite que a referida via chegou a estar em cima da mesa do grupo que está a elaborar o Plano de Mobilidade e Transporte para, “numa situação muito excepcional, ser usada como ponto de largada e partida de passageiros, mas nunca como parque de estacionamento”.

“Julgo que isso não venha a ser necessário, mesmo numa situação muito excepcional, até porque já temos identificados 7200 lugares de estacionamento em 26 locais, o que significa o transporte de mais 300 mil pessoas”, disse ao PÚBLICO.

Os critérios para estes locais são, em primeiro lugar, parques de estacionamento perto de bons eixos rodoviários e com mais de 100 locais para autocarros, e depois parques com menos de 100 lugares e igualmente perto de eixos rodoviários.

Sá Fernandes diz que haverá vias rodoviárias cortadas em Lisboa durante o evento, mas o plano ainda está a ser preparado, devendo os locais fechados durante jornada só ser divulgados no final da próxima semana.

O coordenador nomeado pelo Governo diz ainda que neste momento estão inscritos cerca de 250 mil peregrinos na JMJ, mas garante que o seu grupo de trabalho “está preparado para garantir a mobilidade de muitas mais pessoas”.

“Estamos preparados para receber um milhão, um milhão e meio, o que for preciso. Temos os cenários todos”, garante, acrescentando que está em reuniões com os operadores de transportes públicos para que estes estejam “em carga máxima”.

Segundo a primeira fase do Plano de Mobilidade a Transporte, apresentado no início de Abril, é considerado que dos 1,2 milhões de visitantes esperados, 200 mil (17%) já estarão na cidade de Lisboa desde o início do evento, 500 mil (42%) virão em transporte público regular, 200 mil (17%) virão em 4000 autocarros e 300 mil (25%) utilizarão o transporte individual, o que, neste caso, implica mais 125 mil carros a circular e a estacionar na cidade.

A JMJ terá lugar em Lisboa, Loures e Oeiras de 1 a 6 de Agosto, é considerado o maior evento da igreja católica e está prevista a presença do Papa Francisco.

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