Leo Middea dá nova vida à sua “dança do mundo” num disco chamado Gente

Quinto álbum do cantor e compositor brasileiro Leo Middea, Gente foi gravado em várias cidades e vai ser apresentado numa digressão em Portugal, a começar pelo B.Leza, dia 8.

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Leo Middea em palco DR
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Há seis anos a viver em Portugal, o cantor e compositor brasileiro Leo Middea lança esta sexta-feira o seu quinto álbum, Gente, e vai apresentá-lo numa série de concertos pelo país, a começar pelo B.Leza, em Lisboa, no dia 8 de Junho, às 21h30. Ainda em Junho, actuará em Paris e Amesterdão.

Nascido no Rio de Janeiro, em 27 de Abril de 1995, Leo Middea já gravara quatro álbuns, dois no Brasil (Dois, 2014, e A Dança do Mundo, 2016) e dois em Portugal, Vicentina (2020), e Beleza Isolar (2020), este resultante da experiência pandémica, como é visível na ironia do título. As suas principais influências, conforme disse ao PÚBLICO em 2021, são Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jorge Benjor (antes Jorge Ben), este pela complexidade das suas letras que aparentam ser simples.

Gente, o álbum que agora se estreia, nasceu de um acaso, como Leo Middea conta ao PÚBLICO: “O disco surgiu através de um convite informal de Breno Viricimo, um produtor musical brasileiro que vive em Amesterdão. Ele me convidou para ir lá fazer algumas músicas, só que a gente acabou por ter uma relação muito próxima, de amizade, e acabámos assim por fazer um disco inteiro, um álbum.” Porém, como moravam longe um do outro, o processo de produção do disco transformou-se numa espécie de “on the road” permanente: “Como ambos viajávamos muito, a gente chegou a produzir o disco em Lisboa, na Lourinhã (na Praia da Areia Branca), gravei no Rio de Janeiro, em São Paulo, até que a finalização foi feita em Paris. E isso acabou para fazer jus à minha história, porque o meu segundo disco se chama A Dança do Mundo, no sentido que querer explorar novas cidades, novos países, e Gente traz essa mistura de cidades e países, essa loucura toda.”

Com onze temas, Gente abre com uma vinheta, intitulada Carnaval breve - Ato 1, com sequência, a meio do disco, na vinheta Carnaval Breve - Ato 2. Leo Middea explica a que se deveram essas duas breves introduções musicais: “Quando e gente ficou sabendo que o disco iria ter formato em vinil e em CD, eu, que sou um apaixonado pelo vinil, quis abrir o lado A com o Carnaval breve - Ato 1, para mostrar essa energia de abrir os caminhos, de abrir os trabalhos. O Carnaval Breve - Ato 2, a abrir o lado B, dá sequência à outra parte da história, com um pouquinho mais de espiritualidade e uma pegada mais animada. Foi pensado em dois actos, para o vinil.”

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leo Middea NOVI CLICK

Nessa sequência, a primeira parte inclui as canções Que sorte (que acompanhará o lançamento), Borboleta efeito (com a cantora brasileira residente em Portugal Mallu Magalhães, lançada em single em Março), Esse jazz tocar, Olimpo ou razão e Se eu disser que quero um beijo, publicada em single e videoclipe em Junho de 2022. Na segunda parte, entram Sifude my brother, Balanço de amor (gravada com a cantora Curandeira e com o trompetista Béesau), Meus cachos e Acabou.

As participações dos convidados foram induzidas pelas músicas, diz Leo: “Quando a gente acabou a produção da música Borboleta efeito, eu achei que tinha uma vibe muito parecida com a da Mallu, em termos de melodia, produção e tudo o mais. A gente já se conhecia, mandei a música pra ela, ela topou participar e eu fiquei muito feliz, porque é uma música de que gosto muito. Já o Balanço de amor inclui duas pessoas que admiro muito: a cantora Curandeira, uma grande amiga do Equador, que eu conheci em Lisboa, e o Béesau, um trompetista francês de que sempre fui muito fã.”

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A capa do disco

Lançado o disco nas plataformas digitais, esta sexta-feira, a edição em vinil virá um pouco mais tarde. Mas o CD, segundo Leo Middea, deve estar pronto a tempo do primeiro concerto desta sua digressão em Portugal, que será no B.Leza, em Lisboa, no dia 8 de Junho, às 21h30. Seguir-se-ão Mondim de Basto (5 de Julho, Favo das Artes), Porto (6 de Julho, Maus Hábitos), Coimbra (7 de Julho), Almada (15 de Julho), Funchal (9 de Setembro) e de novo o Porto (19 de Outubro). Além do disco Gente, estes concertos (que hão-de passar por Paris e Amesterdão) integram também temas dos álbuns anteriores, para que, justifica Leo, o público sinta “familiaridade com as canções”.

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