Juliette Binoche e Benoît Magimel entre a língua e o palato

Eles cozinham no lugar da retórica relacional habitual entre personagens e actores. O que faz de La Passion de Dodin Bouffant uma oblíqua forma de comédia dramática conjugal.

Foto
Juliette Binoche e Benoît Magimel no filme de Tran Anh Hung
Ouça este artigo
--:--
--:--

Dos seus inícios tremendamente prometedores, Tran Anh Hung, que recebeu a Câmara de Ouro há 30 anos em Cannes por O Odor da Papaia Verde (mais o César da melhor primeira obra) e o Leão de Ouro de Veneza, em 1995, por Cyclo, manteve sobretudo a promessa. Após as voltas que os seus filmes deram por outras paragens e tons, nunca às alturas dos entusiasmos que gerou nos inícios, o seu regresso a Cannes, edição 2023, a concurso, faz-se por isso como se o tempo tivesse sido suspenso e nada se tivesse passado entre as décadas. Um mundo inventado, uma sensualidade delicada: o Vietname de O Odor da Papaia Verde foi feito em Paris, recorde-se.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar