“Não deveria haver explorações de agricultura intensiva junto à orla costeira”

Vistas do céu, são manchas e manchas de plástico em terrenos mesmo junto à costa.

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Cultiva-se debaixo do plástico, em estufas, estufins, túneis. Da estrada, mal se vêem. Estão ladeados por altas sebes. À saída da vila, entrando por uns estradões de terra, lá estão aquelas estruturas de metal e plástico com plantas de pequeno fruto – como lhe chamam – debaixo delas. Ouvem-se os trabalhadores ao longe, a conversar numa língua estrangeira.

Tudo isto acontece dentro do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, assim constituído em 1995 e que se estende ao longo de 110 quilómetros de faixa costeira entre S. Torpes (Sines) e Burgau (Vila do Bispo), ocupando uma área de 131.000 hectares. É também sítio da Rede Natura 2000, uma rede ecológica de âmbito europeu, que visa assegurar a biodiversidade, através da conservação ou do restabelecimento dos habitats naturais e da flora e da fauna selvagens. ​

É um exemplo quase único na Europa, aproveitado, nos últimos anos, por empresas, nacionais e multinacionais, que ali encontraram condições excepcionais para o cultivo de pequenos frutos. Onde antes se semeava milho, onde cresciam prados e se produziam silagens, instalaram-se estufas, túneis — até contentores — em terrenos de parque natural.

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