Covid-19: vacinação está a ser integrada na actividade normal dos centros de saúde

Controlo e monitorização da campanha de vacinação contra a covid-19 vão ser assumidos pela Direcção-Geral da Saúde, que terá uma equipa com recursos próprios para este efeito.

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Vacinação contra a covid-19 vai ficar só a cargo dos centros de saúde Gregorio Cunha
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O processo de vacinação contra a covid-19 "está a ser progressivamente internalizado na actividade normal dos centros de saúde, com a desmontagem da generalidade dos centros de vacinação" em massa, e a actividade de monitorização e controlo vai voltar a ser "assumida pela Direcção-Geral da Saúde", adianta o Ministério da Saúde.

Actualmente, a vacinação de reforço em “casa aberta” (sem necessidade de marcação prévia) está já basicamente disponível apenas em unidades dos centros de saúde de norte a sul do país. As pessoas devem marcar directamente ligando para os centros de saúde, realçou fonte da DGS.

O Ministério da Saúde revela ainda que está a ser preparada “a constituição de uma equipa de recursos próprios" para quando a monitorização e controlo da operação de vacinação contra a covid-19 regressarem para a alçada da DGS – recorde-se que a organização da campanha tem estado a cargo de um núcleo de coordenação que é liderado pelo coronel Penha Gonçalves.

Com a normalização da situação epidemiológica, o que se prevê é que apenas volte a ser necessária vacinação de reforço contra a covid-19 no próximo Outono-Inverno. No início de Março, ouvida na comissão de saúde no Parlamento, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que Portugal deverá adoptar uma estratégia sazonal de vacinação dos grupos vulneráveis contra a covid-19 através de uma campanha semelhante à que é realizada anualmente para a gripe sazonal.

“Tirando a incógnita que todos temos sobre uma nova variante – estamos aparentemente sossegados, mas o vírus continua a mexer-se –, a tendência vai ser para que a vacina contra a covid-19 seja utilizada numa estratégia sazonal de protecção das pessoas mais vulneráveis, uma campanha sazonal parecida com a da gripe”, explicou Graça Freitas, sublinhando que a indústria farmacêutica está já a trabalhar numa vacina bivalente que tenha os antigénios para os vírus que provocam covid-19 e gripe.

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