Covid-19: Centro de vacinação na FIL, em Lisboa, encerra a partir de domingo

Com o encerramento do centro passarão a existir três alternativas: o pavilhão desportivo da Ajuda, o Templo Hindu e os Serviços Sociais da CML. No centro da FIL registaram-se mais de 325 mil inoculações em três meses (das quais quase 298 mil foram de covid).

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Daniel Rocha

O centro de vacinação contra a covid-19 na Feira Internacional de Lisboa (FIL), na freguesia do Parque das Nações, vai encerrar no domingo e passam a existir “três alternativas” numa “escala mais pequena”, anunciou esta sexta-feira a Câmara Municipal.

“Estamos a caminhar para a endemia, portanto a situação é muito diferente e, neste momento, já não faz sentido ter aqui este centro”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, referindo-se ao centro de vacinação na FIL, o maior do país, inaugurado a 1 de Dezembro do ano passado.

O encerramento do centro acontecerá este domingo (6), e, a partir da próxima semana, passarão a existir “três alternativas” para vacinação contra a covid-19: o pavilhão desportivo da Ajuda (que se mantém em funcionamento) e o Templo Hindu e os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (que voltam a dar resposta).

“Vamos continuar numa escala mais pequena, com 2.500 inoculações possíveis por dia”, disse o autarca, assegurando que o município continuará a colaborar na vacinação, processo que se encontra “num momento diferente”, com parte da população já vacinada.

Após três meses de funcionamento, o centro de vacinação na FIL está hoje a funcionar a “meio gás”, com metade do pavilhão montado, uma vez que é pouca a procura, não há filas de espera e na zona do recobro estavam, pelas 11h15, apenas duas dezenas de pessoas.

Já em jeito de despedida, com foto de equipa no final, Carlos Moedas agradeceu a todos os serviços e profissionais que trabalharam para que o centro de vacinação na FIL fosse “um sucesso extraordinário”, registando “mais de 325 mil inoculações” em três meses, das quais “quase 298 mil de covid e mais 30 mil de gripe”.

“Esse esforço foi único e eu diria que fez a diferença sem dúvida”, considerou o presidente da câmara, indicando que a capacidade na FIL permitiu “fazer seis vezes o que um centro como o da Ajuda podia”, no qual foram realizadas 56 mil inoculações durante o mesmo período de três meses.

Para o autarca do PSD, a ideia de que Lisboa podia apostar em centros de proximidade (posição defendida pelos vereadores da oposição no executivo municipal), “não teria funcionado, não teria tido o mesmo efeito e a mesma capacidade” que teve o centro de vacinação na FIL: “Estamos a falar de um esforço extraordinário que não teria sido possível sem este centro em particular”.

“Vai tudo funcionar como sempre funcionou, mas obviamente com uma escala muito diferente da escala que nós precisávamos até agora, e essa escala foi essencial”, ressalvou Carlos Moedas, reforçando que “a Câmara Municipal de Lisboa é capaz”, capacidade essa que se deve aos trabalhadores do município, nomeadamente da Protecção Civil, do Regimento de Sapadores Bombeiros e da Polícia Municipal: “Não é o presidente da câmara, são aqueles que aqui estão, que me enchem de orgulho, e esse orgulho é muito grande, de ter a capacidade de liderar esta equipa extraordinária”.

Relativamente aos horários dos centros de vacinação, estabelecidos após indicação das autoridades de saúde, inclusive a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), prevê-se que os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa funcionem de quarta-feira a domingo, entre as 9h e as 16h, o Templo Hindu de segunda-feira a sábado, e o pavilhão desportivo da Ajuda de quarta-feira a sábado.

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