Portalegre Jazz Fest com vudu na guitarra de Desprez e baião em Paal Nilssen-Love

A cidade alentejana foi o destino perfeito para quem acredita num jazz de conceito aberto. Nilssen-Love, Move, João Lencastre e Abacaxi apresentaram excelentes propostas na 18.ª edição do festival.

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Juliana Venter é uma espantosa descoberta como vocalista, com atributos de qualidade operática e laivos de experimentalismo Joaquim Ribeiro/Portalegre Jazz Fest

We don’t know where the fuck we’re going”, ri-se Paal Nilssen-Love entre dois temas que o seu projecto Circus apresenta na segunda noite do Portalegre Jazz Fest. É e não é rigoroso, é e não é um exagero. Porque, de facto, a orgânica que o baterista norueguês, um dos nomes mais importantes do jazz contemporâneo europeu, criou para este septeto de parto recente (estreou-se em 2020 e editou o seu primeiro álbum em 2022) tira partido de uma partilha de referências melódicas e rítmicas entre os músicos, mas que nunca se sabe quando e de onde virão, tornando a música reconhecível e imprevisível em doses iguais.

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