Exército dos EUA suspende voos de aviões e helicópteros após acidentes mortais
Pausa para rever procedimentos e para reforçar o treino de pilotos e outro pessoal estende-se até ao fim de Maio e apenas exclui “missões críticas”.
O Exército dos Estados Unidos suspendeu todos os voos das suas unidades aéreas, à excepção de "missões críticas", após a morte de 12 soldados em acidentes de helicóptero no último mês, nos estados norte-americanos do Alasca e do Kentucky.
"A segurança dos nossos aviadores é a nossa principal prioridade e esta suspensão é um passo importante para garantirmos que estamos a fazer todos os possíveis para evitar acidentes e proteger o nosso pessoal", disse o chefe do Estado-maior do Exército dos EUA, James McConville.
A decisão estende-se às aeronaves que estão no estrangeiro, incluindo em zonas de conflito, e deixa de fora as operações consideradas "críticas", disse o porta-voz do Exército norte-americano, o tenente-coronel Terence Kelley.
Para os militares operacionais, a pausa estende-se de 1 a 5 de Maio; para os aviadores das forças de reserva, como a Guarda Nacional, o período de suspensão dura até ao final de Maio.
“Durante a pausa, o Exército irá rever as avaliações de risco, as operações de manutenção, a formação dos pilotos e as responsabilidades dos supervisores", especifica um comunicado do Exército norte-americano.
Na quinta-feira, três soldados norte-americanos morreram na colisão de dois helicópteros AH-64 Apache do Exército dos EUA nas imediações de Healy, uma pequena localidade a 400 quilómetros a norte da maior cidade do estado, Anchorage.
Foi o segundo acidente do género no último mês, depois de uma colisão entre dois helicópteros Black Hawk, no estado do Kentucky, que matou nove pessoas.
Em Fevereiro, dois soldados da Guarda Nacional do Tennessee ficaram feridos num acidente que envolveu um outro helicóptero Black Hawk, que capotou pouco depois de ter levantado voo.