Espanhol publica um estudo a cada 37 horas. Tal produção é só a ponta do icebergue na ciência

Investigador espanhol já publicou mais de 50 estudos só em 2023. Mas de onde surgiram estes cientistas “hiperprolíficos”? E como é que esta produção intensiva é sinónimo de um problema na ciência?

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Publicação em massa de estudos é um dos sintomas da obsessão com as métricas na comunidade científica Stoyan Nenov/Reuters

Não é uma caricatura, apesar de poder parecer. Rafael Luque, químico espanhol de 44 anos, tem estado na dianteira da química verde (produção de fármacos com menor produção de resíduos), e prova disso é que é um dos autores mais citados no mundo nos últimos cinco anos. Para isso ajuda o factor quantitativo: só nos primeiros três meses de 2023, publicou 58 estudos – ou, convertendo, um artigo científico a cada 37 horas. É possível publicar tanto? A resposta curta é: sim. Mas há uma série de ilações a tirar deste caso, das quais a produção em massa é só a ponta do icebergue.

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