Tribunal recusa pedido de nova autópsia feito pela mãe de jovem morto em Setúbal

Mãe requeria uma nova perícia médico-legal por considerar que há “incongruência” entre a análise, os fundamentos da autópsia e as conclusões que servem de prova à acusação do Ministério Público.

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Julgamento do caso do jovem atirado a um poço vai começar a 5 de Junho Ricardo Lopes

O pedido que a mãe de Lucas Miranda, o adolescente do Centro Jovem Tabor que terá sido morto por dois colegas, fez para a realização de uma nova autópsia, foi recusado pelo Tribunal de Setúbal, apurou o PÚBLICO.

Na acusação, enquanto assistente no processo, Jéssica Casinha, requeria uma nova perícia médico-legal por considerar que há “incongruência” entre a análise, os fundamentos da autópsia e as conclusões que servem de prova à acusação do Ministério Público (MP).

O MP conclui que a causa da morte de Lucas Miranda foi “asfixia mecânica” provocada por um golpe “mata-leão”, enquanto a mãe adoptiva considera que o filho morreu devido a um traumatismo craniano provocado por agressões a soco, “com paus e com outros objectos contundentes”.

No entanto, o requerimento para a exumação do cadáver e realização de uma nova autópsia foi indeferido.

A primeira audiência deste processo está agora marcada para o dia 5 de Junho, depois de ter sido adiada, na segunda-feira, devido à greve dos funcionários judiciais.

Os dois acusados do homicídio de Lucas Miranda, de 15 anos, morto em Outubro de 2020, em Brejos do Assa, concelho de Palmela, são outros dois jovens que na altura estavam também institucionalizados no centro de acolhimento Jovem Tabor.

Na altura do alegado crime, todos os jovens eram menores. Os dois arguidos, acusados de homicídio qualificado, têm hoje 19 e 18 anos e estão institucionalizados em centros de acolhimento, separados, fora do distrito de Setúbal.

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