Um homem de Jon Fosse a caminho do silêncio

Um ano após a morte de Jorge Silva Melo, António Simão encena o texto que o fundador dos Artistas Unidos pensou como despedida.

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Jorge Gonçalves

Jorge Silva Melo apareceu, às tantas, com o texto de Foi Assim, de Jon Fosse, centrado num homem na antecâmara da morte, escolhendo-o como a peça em que se despediria dos palcos enquanto actor. Não ignorando a sua própria fragilizada condição física, Silva Melo diria, com travo a auto-ironia, que já tinha começado a ensaiar o monólogo. António Simão lembra-se bem de o ouvir atirar essas palavras e tal facto não será estranho à opção da companhia por estrear no dia 14, passado um ano sobre a morte do fundador dos Artistas Unidos, Foi Assim, com José Raposo a assumir o solitário lugar em palco — acompanhado apenas por uma cama de hospital, uma cadeira de rodas, uma bengala e um andarilho.

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