Trabalhadores da TVI avançam com greve a 15 de Março

Reivindicam aumentos salariais e tencionam fazer uma concentração à porta da TVI no dia da greve. Sindicato acusa administração de tentar “amedrontar” os trabalhadores.

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Administração não tem querido "negociar aumentos salariais justos e equilibrados", denunciam sindicatos Daniel Rocha

Os trabalhadores do grupo Media Capital, que alberga o canal de televisão TVI, vão avançar com uma greve no dia 15 de Março, reivindicando, entre outras medidas, o aumento dos salários e do subsídio de refeição.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas (SJ) e o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), explicou que a greve foi marcada “para dar resposta à intransigência da administração, que se tem recusado a negociar aumentos salariais justos e equilibrados”.

Os trabalhadores decidiram em plenário que no dia da greve realizarão uma concentração à porta da TVI, a partir das 13h00.

“Caso a administração não aceite as reivindicações dos trabalhadores, é necessário dar visibilidade pública à luta dos trabalhadores, por isso estar concentrado à porta das instalações da empresa em Queluz de Baixo [Lisboa] é importante e necessário”, destacou o STT.

Entre as reivindicações estão aumentos salariais para todos os trabalhadores indexados ao valor da inflação de 2022 (a rondar os 8%), aumento do subsídio de refeição para 8,32 euros e 25 dias de férias para todos os trabalhadores.

Também é reclamada a “actualização dos valores (mínimo e máximo) das bandas do plano de carreiras de acordo com a percentagem do aumento do salário mínimo nacional em 2023 (7,8%), de forma a assegurar que existe evolução nos números de referência”.

Na nota de imprensa, o STT denunciou que os sindicatos estão a ser confrontados “com uma postura de confrontação da gestão, que até usou a argumentação de a TVI ser uma empresa de telecomunicações para obstaculizar a marcação da greve, procurando impedir um direito constitucional”.

O sindicato informou ter pedido a intervenção da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) “para que sejam declarados serviços mínimos na TVI”.

“A administração, em vez de concentrar as suas energias para levar a negociação dos aumentos salariais em 2023 a bom porto, dispara em todas as direcções e ataca os sindicatos e trabalhadores, com a finalidade de nos amedrontar, desmobilizar e impedir de lutar”, acrescentou.

O STT sublinhou ainda que a “união dos trabalhadores será determinante para o sucesso das reivindicações”, apelando a que os trabalhadores de todas as empresas do grupo Media Capital estejam “mobilizados para a greve e a concentração à porta da TVI”.

A greve abrange todas as empresas do grupo Media Capital: TVI, Empresa de Meios Audiovisuais (EMAV)​, Plural Entertainment, Empresa Portuguesa de Cenários (EPC)​, Media Capital Digital e Media Capital Serviços.

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