“Um pequeno desvio na A1 e estão em Santarém.” Tejo a Copo regressa a 11 de Março

“É uma festa da região”, onde à 5.ª edição há duas novidades. Poderá comprar vinhos para entrega em casa. E haverá vinhos “mais exclusivos” à prova. Tejo a Copo, sábado, no Convento de São Francisco.

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Para além dos vinhos de 27 produtores do Tejo, haverá petiscos e algumas novidades na 5.ª edição do Tejo a Copo, dia 11 de Março, em Santarém Goncalo Villaverde

O Tejo a Copo, "uma festa da região", como lhe chama o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR Tejo), entidade que promove o evento, regressa ao Convento de São Francisco, Santarém, no próximo sábado, 11 de Março, numa edição com duas novidades. Será possível comprar vinhos do Tejo, para posterior entrega em casa. E os produtores (27 ao todo, mais quatro do que em 2022) foram desafiados a levar para o evento vinhos "mais exclusivos".

O evento vai na 5.ª edição e decorrerá das 15h às 21h. "É uma forma de darmos a conhecer que novidades temos na região. É dos maiores encontros que existem de produtores de vinhos do Tejo. E há duas novidades. A pessoa pode comprar os vinhos que está a provar e não tem de os levar logo. Vamos ter uma banca da Rota dos Vinhos do Tejo, onde poderá comprar esses vinhos, paga no dia e, posteriormente, entregamos. Para além disso, o evento tem funcionado sempre com o copo e a compra do copo a incluir todas as provas. Este ano, em cada banca pode estar um vinho mais exclusivo. E o produtor vai estar a vender essa prova a a 3 ou 5 euros, conforme o vinho. É uma forma de trazer os vinhos de gama superior para o evento", explica Patrícia Mateiro, responsável de Marketing da CVR Tejo.

Para lá dessa logística, os conhecedores (e os outros, porque não?) gostarão de saber que muitos produtores da região têm já monovarietais de Fernão Pires e Castelão. Será interessante para quem gosta de saber um pouco mais sobre as castas portuguesas. A tendência não é de agora e surge no seguimento de um trabalho de valorização que a própria CVR Tejo tem vindo a fazer junto dos agentes económicos. "Começámos com a casta Fernão Pires, porque ela representa 30% do encepamento da nossa região. Foi durante muito tempo usada em blends, mas tem muita plasticidade, tanto dá para fazer brancos, como colheitas tardias ou abafados", explica Patrícia Mateiro.

Segundo a responsável, "cada vez mais produtores apostam em fazer monocastas de Fernão Pires" e há "inclusivamente produtores que não tinham a casta plantada e que a plantaram" entretanto. A ideia é que o consumidor vá associando aquela variedade branca, mas não só, ao Tejo.

Esse trabalho é anterior à pandemia e incluiu sobretudo acções junto dos produtores mas também de jornalistas e outros influenciadores de opinião. Ao Fernão Pires, seguiu-se a casta tinta Castelão — que também é conhecida no Ribatejo como João de Santarém —, há cerca de dois anos. "Em paralelo temos feito eventos dirigidos ao canal HORECA e aos sommeliers, sobretudo na Grande Lisboa, dentro do que chamamos a Academia Tejo", acrescenta Luís Castro, que preside à CVR Tejo.

Será, precisamente, um sommelier a conduzir as "conversas sobre o vinho", o embaixador dos Vinhos do Tejo Rodolfo Tristão. Para forrar o estômago, haverá petiscos (6 euros a unidade) confeccionados pelos dois restaurantes que este ano se associam ao evento: o Amassa, o espaço de cozinha italiana que Francisco Calheiros abriu recentemente em Santarém, e o tradicional 150 Gramas (Vila Franca de Xira), de Pedro Teles, "o surfista que, graças a uma dor de costas, virou chef", nota Luís Castro.

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O evento Tejo a Copo acontece no histórico Convento de São Francisto, em Santarém Goncalo Villaverde
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O Tejo a Copo tem duas novidades em 2023: será possível comprar vinhos, para entrega em casa; e haverá vinhos "mais exclusivos" para prova Goncalo Villaverde

A música ao vivo, com actuação de DJ nos claustros do convento, e, claro, o icónico e histórico edifício em si — a sua fundação remonta a 1242 e na sua arquitectura encontram-se testemunhos de várias épocas, do gótico ao barroco, passando pelo manuelino e pela renascença — são outras duas razões para ir ao Tejo a Copo.

Estes são os produtores de vinhos que estarão presentes: Adega de Almeirim, Adega do Cartaxo, Canto do Marquês, Casa Cadaval, Casal Branco, Casal da Coelheira, Casal da Fonte, Casal das Freiras, Casa Paciência, Companhia das Lezírias, Enoport Wines, Escaravelho Wines, Falua, Hugo Mendes, Mouchão do Inglês, ODE Winery, Quinta da Alorna, Quinta da Atela, Quinta da Badula, Quinta da Lagoalva, Quinta da Lapa, Quinta da Ribeirinha, Santos & Seixo, SIVAC, Vinhos Franco e Vinhos Zé da Leonor.

O evento é de entrada livre e o copo para as provas custa 3,5 euros, com as tais provas premium a custar 3 ou 5 euros (as senhas são vendidas à entrada, assim como o copo), de acordo com os vinhos em questão. As entregas de garrafas adquiridas no evento são gratuitas para Portugal continental. Há estacionamento para quem for de carro. E são esperados cerca de mil visitantes. Como diz Luís Castro, "um pequeno desvio da A1 e estão em Santarém".

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