Novo movimento dos bairros periféricos exige o fim da subida dos preços

Activistas querem dar continuidade ao protesto no futuro, construindo uma “rede” de solidariedade contra a crise.

Foto
Manifestação decorre este sábado em Lisboa LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A 25 de Fevereiro, o Movimento Vida Justa vai organizar uma manifestação do Marquês do Pombal a São Bento, em Lisboa, contra a subida do custo de vida. Sob o lema “basta de aumento de preços”, a organização exige “limitar os preços dos bens essenciais”, “salários para viver” e “casas para as pessoas (e não para a especulação)”.

Considerando que “o Governo está mais preocupado em pagar a dívida pública” do que “em ajudar a maioria das pessoas a resistir” à crise, colectivos, activistas e moradores dos bairros periféricos de Lisboa vão marchar até à Assembleia da República contra o aumento dos preços, dos despejos e a perda de rendimentos, para “exigir um caminho mais justo que distribua igualmente os custos desta crise”, segundo o manifesto do movimento.

“Há uma guerra contra as populações mais pobres que tem de parar”, defendem, alertando que “não pode ser sempre o povo a pagar tudo, enquanto os mais ricos conseguem ainda ficar mais ricos”.

Além da manifestação, em que os activistas vão apresentar uma petição, o movimento, que nasceu em Outubro na Cova da Moura, espera “construir uma rede e multiplicar acções que dêem mais poder às pessoas” para imporem “políticas que defendem as populações e quem trabalha”.

O protesto conta com mais de 350 subscritores, alguns dos quais colectivos como o Afrolink, SOS Racismo, Frente Anti-Racista, Iniciativa dos Comuns, GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental ou Nu Sta Djunto. Entre os apoiantes, encontram-se figuras do sector cultural como Dino d’Santiago, dos partidos à esquerda, como Fernando Rosas, fundador do Bloco de Esquerda, e António Filipe, ex-deputado do PCP, e de sindicatos, como a Fenprof. Os colectivos pela justiça climática, como o Climáximo, a Greve Climática Estudantil e o Scientist Rebellion, também se irão juntar.

Sugerir correcção
Ler 12 comentários