Brinquedo sexual ou utensílio culinário? Arqueólogos podem ter encontrado primeiro dildo romano

Os investigadores destacam que o objecto também podia ser utilizado para moer alimentos ou como amuleto que dava sorte.

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O suposto dildo também pode ser um amuleto romano Newcastle University

Uma equipa de arqueólogos acredita que pode ter encontrado o primeiro brinquedo sexual romano alguma vez descoberto. O objecto de madeira com a forma de um dildo mede 16 centímetros, mas, segundo os investigadores das universidades de Newcastle, em Inglaterra, e Dublin, na Irlanda, é muito provável que o tamanho original fosse maior, uma vez que a madeira encolhe com o passar do tempo.

O suposto dildo, que recebeu o nome de Vindolanda phallus, foi encontrado em Inglaterra, perto da Muralha de Adriano, que marcava a fronteira Noroeste do Império Romano. Tem mais de dois mil anos.

“Se for este o caso, seria, até onde sabemos, o primeiro dildo romano encontrado na arqueologia. Sabemos pela poesia grega e romana e pela arte grega e romana que eles usavam falos, mas não encontrámos nenhum exemplo arqueológico, o que é intrigante por si só”, afirmou ao Guardian Rob Collins, professor de arqueologia da Universidade de Newcastle.

Os investigadores destacam que não é claro que o artefacto seja um brinquedo sexual e, por isso, apresentaram outras duas teorias. Podia ser utilizado para fins culinários ou para moer ingredientes para cosmética ou medicina. No entanto, também podia ser um amuleto em que as pessoas tocavam para dar sorte ou afastar o mal, lê-se no estudo. Mesmo assim, Rob Collins tem uma opinião formada.

“Tenho que confessar que parte de mim acredita que é meio evidente que é um pénis", declarou, acrescentando que os falos eram frequentemente representados em pinturas romanas, assim como mosaicos, acessórios e vasos decorativos.

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O suposto brinquedo sexual mede 16 centímetros Newcastle University

O objecto foi encontrado numa vala com dezenas de sapatos, acessórios de vestuário e artesanato. Se fosse um amuleto estaria próximo da entrada de um edifício importante, mas, segundo os investigadores, estava dentro de casa ou então não esteve no exterior durante algum tempo.

Esta quarta-feira, 22 de Fevereiro, um outro grupo de arqueólogos anunciou ter descoberto as ruínas do que acreditam ser a taberna mais antiga do mundo, escreve o The Washington Post.

O bar foi descoberto no Sudeste do Iraque, na antiga cidade de Lagash da civilização suméria. Holly Pittman, professora da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, acredita que a descoberta é uma taberna com quase cinco mil anos, uma vez que foram encontrados bancos e uma área de cozinha com um forno de tijolos de barro e um frigorífico, que consistia em dois potes de barro utilizados para conservar os alimentos.

Além disto, destaca a docente, os pratos continham restos de comida e as canecas bebida, que os arqueólogos acreditam ser cerveja. "Estamos a tentar descobrir através de análises o que havia nas tigelas ou nos frascos. Parece que era uma espécie de McDonald's com comida preparada para serviço rápido”, afirmou.

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